Homem é baleado por PM durante briga por política em igreja de Goiânia, diz família
Por Redação
Um homem de 40 anos foi baleado na perna dentro da Igreja Congregação Cristã no Brasil, em Goiânia, na última quarta-feira (31), por uma discussão política com um cabo da Polícia Militar. A vítima foi identificada como Davi Augusto de Souza e é assessor empresarial. O militar foi apontado como Vitor da Silva Lopes.
De acordo com informações do G1, o irmão do consultor, que estava no templo na hora, a briga ocorreu após um debate sobre apoio e voto em candidatos de esquerda e de direita.
Em nota, a Polícia Militar informou nesta sexta-feira (31) que o cabo da corporação estava de folga no dia da briga. "Assim que a Polícia Militar tomou conhecimento do caso, determinou a instauração de procedimento administrativo disciplinar para apurar as circunstâncias do fato. Informamos ainda, que o policial militar apresentou de forma espontânea na delegacia de polícia civil para os procedimentos cabíveis", diz a nota.
Ainda conforme publicado, o irmão de Davi Augusto de Souza informou que ele está internado em Goiânia e segue estável após ter passado por cirurgia na perna. Ele relatou, ainda, que o culto seguia normalmente enquanto o irmão era atendido por bombeiros.
O boletim de ocorrência foi registrado por agressão por arma de fogo e lesão corporal culposa, quando não há intenção de machucar a pessoa agredida. No documento, estão apenas as versões dos policiais militares que atenderam a ocorrência.
"No local, segundo informações, houve uma discussão entre dois indivíduos e o cabo Vitor da Silva Lopes. Os indivíduos tentaram entrar em luta corporal com o policial, que para se desvencilhar de um deles efetuou um disparo que alvejou a perna do envolvido", relata o documento.
O irmão da vítima, contudo, contesta a versão do cabo da PM. "Meu irmão saiu para beber água e o policial também. Do lado de fora, meu irmão, o policial e outra pessoa começaram um debate sobre quem da igreja apoia ou não o governo, que os membros não deveriam votar na esquerda, como indicaram os líderes", relata Daniel Augusto de Souza, de 45 anos.