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Brasileiros devem reagir contra tentações autoritárias de Bolsonaro, diz ex-ministro do STF

Brasileiros devem reagir contra tentações autoritárias de Bolsonaro, diz ex-ministro do STF
Foto: Nelson Jr. / SCO / STF

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, afirmou que os brasileiros precisam se insurgir contra as tentações autoritárias do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que tem frequentemente atacado as instituições democráticas e ameaçado não aceitar o resultado das eleições.

 

Segundo Celso de Mello, as manifestações de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas durante um encontro com embaixadores nesta segunda-feira (19) foram “esdrúxulas” e “indignas” da Constituição Federal.

 

“A resposta do povo brasileiro só pode ser uma: insurgir-se contra as tentações autoritárias e as práticas governamentais abusivas que degradam e deslegitimam o sentido democrático das instituições e a sacralidade da Constituição”, disse Celso de Mello, em entrevista ao jornal O Globo.

 

“Tal objetivo traduz justa razão para que a cidadania, valendo-se dos meios legítimos proporcionados pela Constituição da República e atuando por intermédio dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, insurja-se contra os excessos governamentais, os comportamentos políticos desviantes e o arbítrio dos governantes indignos e desprezíveis”, acrescentou o ex-ministro.

 

Sem citar diretamente Bolsonaro, Celso de Mello ainda chamou o presidente da República de “político menor” e “medíocre”, ao qual os brasileiros não deveriam se curvar nem se submeter.

 

“Há que se ter presente, finalmente, a grave advertência do saudoso e eminente ministro Aliomar Baleeiro (que atuou no STF entre 1965 e 1975, durante a ditadura militar), em manifestação que recordava ao nosso País que, enquanto houver cidadãos dispostos a submeter-se e a curvar-se ao arbítrio e à prepotência do poder, sempre haverá vocação de ditadores”, frisou o ex-ministro.

 

“Necessário, pois, reagir aos pronunciamentos sediciosos de um político menor (e medíocre) que busca permanecer na regência do Estado, mesmo que esse propósito individual, para concretizar-se,  seja detrimentoso ao postulado da separação de poderes  e importe em irresponsável desconsideração das instituições democráticas de nosso País”, finalizou Celso de Mello.