Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

Qual cálculo o prefeito usa para estimar salário médio dos professores de Salvador?

Por Bruno Leite

Qual cálculo o prefeito usa para estimar salário médio dos professores de Salvador?
Foto: Betto Jr./Secom

O prefeito Bruno Reis (UB) explicou, nesta terça-feira (24), o cálculo usado por ele para estimar o pagamento do salário médio de R$ 8,3 mil aos professores de Salvador após a apresentação de uma proposta de reajuste de 11,37% à categoria. 

 

O montante foi divulgado pelo próprio gestor em suas redes sociais no último sábado (21). Segundo ele, os vencimentos dos educadores efetivos poderiam chegar a R$ 18,7 mil e as queixas da categoria seriam a "politização" de uma pequena parcela dos profissionais.

 

 

A postagem foi problematizada por perfis que seguem o prefeito. "Os professores só querem ganhar o que manda a lei", defendeu um comentário no post do gestor.

 

"A lei do Piso prevê um reajuste de 33%, os professores da rede municipal estão há 6 anos sem nenhum reajuste no salário", acusou outro.

 

Ao ser questionado nesta terça, Reis argumentou: "O que diz o Fundeb? Que você tem que gastar 70% dos recursos do fundo com os trabalhadores da educação - leia-se professores e demais servidores. Sabe quanto a prefeitura gasta? 101,56%".

 

"O pouco dinheiro que vem do Fundeb é para pagar exclusivamente o salário de professores e a prefeitura ainda complementa com recursos próprios. Se você pegar esses R$ 840 milhões, dividir pelo número de professores, e dividir por 12 dá em média R$ 8,350", disse o prefeito.

 

Os professores da rede municipal da capital baiana decretaram uma greve por tempo indeterminado na última quinta-feira (19). Dentre outras reivindicações, a classe pede um aumento de de aproximadamente 33,24%, avanço de níveis no plano de carreira, correção no auxílio alimentação, alteração na jornada de trabalho e convocação de novos concursados.

 

À imprensa, Bruno Reis comentou sobre a nova rodada de negociações, marcada para a manhã de hoje, com os secretários de Gestão, Thiago Dantas, e Educação, Marcelo Oliveira. 

 

"É natural que a classe tenha suas expectativas, mas eu como prefeito tenho que analisar a realidade orçamentária da prefeitura. Estamos passando por momentos difíceis pós-pandemia", relatou, indicando que a prefeitura busca o estabelecimento de consensos.

 

O ocupante do Palácio Tomé de Souza afirmou que a cifra oferecida é superior à inflação do período e há a previsão é de que, no próximo ano, a administração se sente junto aos professores para debater o cenário.

 

"Esse é o primeiro ano que posso dar reajuste porque no ano passado tinha uma lei que me impedia", acrescentou o prefeito. Para ele, os alunos estão sendo penalizados. 

 

Ao anunciar a greve, na última quinta (19), a professora Elza Melo, diretora do Sindicato dos Professores em Educação do Estado da Bahia (APLB) em Salvador, disse que as condições oferecidas pelo município não agradavam os professores em greve (confira aqui). Na ocasião, em protesto, os sindicalizados marcharam pelo Centro Histórico em direção à Praça Municipal.