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Com plenário fechado, vereadores 'abrem sessão' na antessala da Câmara de Salvador

Por Vitor Castro

Com plenário fechado, vereadores 'abrem sessão' na antessala da Câmara de Salvador
Foto: Divulgação

Pela terceira vez consecutiva a Câmara Municipal de Vereadores de Salvador (CMS) não realizou sua tradicional sessão da terça-feira. Apesar de ter havido um chamamento público do Diário do Legislativo convocando os legisladores, estes se depararam com o plenário de portas trancadas nesta terça-feira (3). Revoltados com a situação, 19 vereadores da base do prefeito Bruno Reis chegaram a ‘abrir uma sessão’ na antessala do Cosme de Farias. 

 

A ‘sessão’ foi aberta pelo vereador Duda Sanches, 1º vice-presidente da CMS. Vice-líder do governo na CMS, Kiki Bispo ressaltou que o número de parlamentares presentes era o suficientes para dar início à sessão. “Reunimos mais do que o quórum necessário para abrir uma sessão e ali discutimos e debatemos algumas questões que precisam ser abordadas, sobretudo do ponto de vista do fortalecimento do regimento interno do regimento Câmara que tem sido violado a todo tempo”, disse. 

 

Líder do governo na Câmara, o vereador Paulo Magalhaes Jr. defendeu o diálogo, e se defendeu das acusações dos oposicionistas. “Diferente do que tem sido dito por alguns vereadores, de que a bancada de governo não está querendo trabalhar, nós viemos aqui para cumprir o regimento. O vice-presidente da casa [Duda Sanches] tem total condição e abrir a sessão quando o presidente estiver ausente e nós viemos para isso respeitando a lei orgânica do município. Viemos para trabalhar. É isso que nos cabe. Para isso que nós fomos eleitos e para isso que estamos aqui”, ponderou.

 

O Bahia Notícias entrou em contato com o presidente da Casa para ouvir um contraponto. Em agenda no interior, Geraldo Jr. não retornou até o fechamento desta nota. 

 

COMISSÕES

Vereadores da oposição também estavam presentes na Câmara, mas não participaram da ‘sessão’. Isso porque, segundo os parlamentares ouvidos pelo Bahia Notícias, foram à Casa para participar de reuniões das Comissões de Defesa dos Diretos da Mulher; Constituição e Justiça e Redação Final; e Transporte, Trânsito e Serviços Públicos Municipais. Confusão ou não, as Comissões foram marcadas para horários próximos às 14h30, hora pré-estabelecida para as sessões ordinárias permanentes. 

Foto: Vitor Castro / Bahia Notícias 

 

A vereadora Laina Crisóstomo (Psol) lamentou o fato da Comissão não ter ocorrido por falta de quórum. “Na comissão de mulheres, eu, Marta e Marighela não conseguimos dar quórum. Tem quatro projetos de lei pendentes de relatoria e de decisão e a gente não consegue reunir porque, se não tem quórum, não consegue deliberar nem fazer com que o projeto de lei esteja apto para deliberação no plenário”, disse.

 

Ao Bahia Notícias, o vereador Augusto Vasconcelos, líder da oposição, destaca que a bancada da Prefeitura "insiste em boicotar as reuniões das comissões tentando paralisar o funcionamento da Câmara". "Mas a Casa segue trabalhando e não vai parar. Hoje designamos a relatoria de dezenas de projetos e foi aprovado um extenso calendário de atividades”, disse.