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Alta de combustíveis deve aumentar preço das passagens na aviação regional

Por Lula Bonfim

Alta de combustíveis deve aumentar preço das passagens na aviação regional
Foto: Divulgação

Os recentes aumentos no preço dos combustíveis devem impactar fortemente o valor das passagens oferecidas pelas companhias de aviação. A avaliação é de empresas que atuam no setor e foi confirmada pelo peruano Héctor Hamada, CEO da Abaeté Linhas Aéreas, que oferta voos em rotas regionais e ultrarregionais na Bahia.

 

“Esta alta de combustível já vem acontecendo significativamente desde o início do ano passado. Só para ter noção mais ou menos, de fevereiro do ano passado a fevereiro deste ano, já aumentou quase 80% o valor do combustível para aviação. No último mês, já foi quase 20%. Então, praticamente, aumentou 100% em um ano o custo do combustível”, relatou.

 

Héctor diz que, com os aumentos frequentes no valor do QAV (querosene de aviação), está ficando muito difícil para as companhias aéreas resistirem, não repassando as subidas para os consumidores.

 

“Na aviação, [o combustível] representa uns 30% do custo operacional da empresa, então tem uma percentagem muito alta, representa um terço da operação. Um incremento de 100% em um ano vai impactar com certeza no valor das passagens. No caso da Abaeté, estamos tentando ainda segurar os preços, porque as pessoas ainda estão conhecendo o serviço”, afirmou Héctor.

 

“Na aviação doméstica, já aumentaram os preços em março na faixa dos 45%. A gente ainda não colocou isso no valor das passagens, porém, com esse incremento de 20% nesses últimos dias, vai ter que ter um reajuste”, explicou o peruano.

 

O CEO da Abaeté ainda reclamou da alíquota do ICMS da aviação na Bahia, que seria de 18%, enquanto empresas maiores e de outros estados pagariam apenas 5%.

 

“A Abaeté é daqui, uma empresa de capital baiano, que deveria ter menos alíquota de ICMS para impulsionar e desenvolver essas rotas. Porque é uma aposta nessas rotas novas. A gente investe muito. Estamos investindo na Bahia, no transporte regional e ultrarregional aqui dentro do estado, mas precisamos também de um apoio da parte pública, para que nos incentivem a conseguir ao menos diminuir esse esforço grande que estamos fazendo. Agora, com esse aumento dos combustíveis, fica bem difícil de apostar e investir em novas rotas”, lamentou.