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Indústria de alimentação coletiva sente impactos da inflação dos últimos 3 anos

Indústria de alimentação coletiva sente impactos da inflação dos últimos 3 anos
Foto: Reprodução / Pixabay

A constante alta dos preços nos alimentos tem impactado diretamente as operadoras de cozinhas industriais, setor que emprega cerca de 260 mil pessoas no país. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletiva (ABERC),  o setor produz e distribui refeições a cerca de 14 milhões de brasileiros em escolas, universidades, hospitais, indústrias, restaurantes populares, entre outros. 

 

O vice-presidente da instituição, Ademar Lemos Jr., também presidente do Grupo Lemos Passos, explica que os impactos vêm se somando desde 2019, quando houve um desabastecimento de proteína animal no mercado, seguida da crise gerada pela pandemia de Covid-19, e com a constante elevação do preço dos alimentos e dos combustíveis.

 

 “O aumento dos preços dos alimentos, em geral, não vem da zona de cultivo e produção, mas de setores como energia, fertilizantes, rações e cadeia logística. A ONU anunciou que, em fevereiro, as principais commodities alimentares saltaram para 24,1% em relação ao ano anterior. O cenário fica ainda mais preocupante quando se sabe que este índice ainda não reflete as repercussões danosas para o agronegócio, provocados pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia”, analisa. 

 

Ainda de acordo com o gestor, todos estes fatores, somado a outros episódios, como a seca no Sul do país e o excesso de chuvas em partes do Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, estas últimas gerando perdas na produção agropecuária, acabam influenciando de forma direta os custos de produção de uma refeição. 

 

Ainda de acordo com a instituição, na composição das refeições, 55% dos custos são oriundos de matérias primas alimentares e insumos, justamente aqueles que mais pressionam a inflação. De março/2021 a fevereiro/2022 (12 meses), produtos que tiveram altas superiores a 25% são utilizados pelas indústrias de refeições coletivas: cenoura +83% (o mais elevado da lista), café moído +61,19%, açúcar refinado + 43,77%, mandioca 46,23%, melancia +50,11%, mamão papaia 57,24%, tomate +31,33%; e da cadeia logística, a gasolina 32,62%, etanol 36,17% e óleo diesel 40,54%. Na tabela abaixo, veja como funciona a distribuição de custos da produção de uma refeição.