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Chastinet resiste às primeiras exonerações mas deve deixar Semop nesta semana

Por Gabriel Lopes

Chastinet resiste às primeiras exonerações mas deve deixar Semop nesta semana
Foto: Reprodução / Instagram

Um dos últimos quadros que resistiram ao "pacote" de exonerações promovidas pelo prefeito Bruno Reis (UB) em cargos indicados pelo MDB na prefeitura de Salvador, Marise Chastinet - atual secretária de Ordem Pública (Semop) - também já está de malas prontas para deixar a gestão municipal. Interlocutores do Palácio Thomé de Souza informaram ao Bahia Notícias que a exoneração de Marise deve ser publicada no Diário Oficial ao longo desta semana, ou no início da próxima.

 

Segundo apuração do BN, a titular da Semop não foi incluída na primeira leva em função de um projeto que realiza na pasta e está em fase de conclusão. Marise também estaria elaborando um relatório de gestão para entregar ao prefeito Bruno Reis (UB) antes da sua saída. O projeto em questão é o "Food Park" de Salvador, que será inaugurado em breve no espaço do antigo clube do Bahia.

 

No início do mês de fevereiro deste ano, a Semop fez chamamento público para proprietários de 'food truck' do município, para compor o espaço do Food Park. À época, Marise chegou a dizer que a elaboração do projeto levou em consideração áreas da cidade que poderiam comportar uma área gastronômica para que os veículos não fossem instalados em qualquer lugar.

 

Ao longo de sua trajetória profissional, Marise - que é graduada em Administração e possui MBA em Gestão Portuária - já ocupou cargos no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e na Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba). Na gestão municipal, ela já é figurinha conhecida: atuou na Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal), na Casa Civil e agora na Semop.

 

Ainda de acordo com as informações obtidas pelo Bahia Notícias, a atual secretária tem se colocado à disposição do MDB para definir seu futuro, reforçando a posição de ser um nome técnico e não descartaria ser acomodada em algum órgão do Governo da Bahia. Caso o cenário seja concretizado, Marise faria o mesmo caminho de Murilo Dias Sampaio, outro nome ligado ao partido que deixou a prefeitura direto para a gestão estadual. Antes na função de Assessor Especial da Segov, Murilo agora vai atuar como secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) (leia mais aqui).

 

QUEM JÁ DEIXOU A GESTÃO

A saída do MDB do grupo político de ACM Neto (UB) teve uma resposta imediata por parte da gestão do prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB). Isso porque o chefe do Executivo publicou exonerações de quadros ligados ao partido no Diário Oficial do Município (DOM) da última quinta-feira (31) (leia mais aqui).

 

Entre os exonerados está Alexsandro Freitas Silva, conhecido como Alex Futuca, que deixou o cargo de Assessor Especial IV, da secretaria de Ordem Pública. Na pasta, ele recebia remuneração bruta básica de pouco mais de R$ 27 mil e estava no posto desde 2019 (leia mais aqui). Futuca é presidente estadual do MDB.

 

Quem também encontrou a porta de saída foi Nestor José Maria Neto, que deixou o cargo de Ouvidor Setorial da Secretaria de Mobilidade de Salvador. Ele foi candidato a vereador da capital baiana nas eleições de 2020, pelo MDB, recebeu 3.611 votos mas não foi eleito. Atualmente, Nestor Neto é membro titular do diretório estadual do partido e integrante do Conselho Fiscal.

 

No pacote, foram publicadas, ainda, as exonerações de Juvenal Maynart Cunha, que ocupava o cargo de Assessor Especial IV da Secretaria de Governo; de Larissa Gomes Moraes, do cargo de subsecretária, da secretaria de Ordem Pública; de Murilo Dias Sampaio, da função de Assessor Especial IV, da Segov e Elmar Lopes Silva, do cargo de Coordenador PNAFM. Cunha é membro do Conselho de Ética do MDB, Larissa, Murilo e Elmar são titulares do diretório estadual.

 

Na última semana, o Bahia Notícias também apontou a possibilidade de exoneração de José Acácio Ferreira (leia mais aqui). Ele é irmão do presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), e ocupava o cargo de subsecretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre). A confirmação veio nesta segunda-feira (4), quando José Acácio entregou o posto (relembre aqui).

 

Com a possibilidade de exoneração pelo prefeito Bruno Reis (UN), Acácio pediu para sair, e afirmou ser impossível continuar na prefeitura, já que a sua liderança política, o irmão Geraldo Júnior, está na chapa majoritária para as eleições deste ano em outra esfera política. "Agora é hora de tomar novos caminhos e ingressar neste processo em prol da vitória de Jerônimo Rodrigues, Geraldo Júnior, Otto Alencar e dos pré-candidatos deles nas eleições proporcionais", frisou José Acácio.

 

Ainda nesta semana, na quarta-feira (6), Acácio foi convidado diretamente pelo governador Rui Costa (PT) para assumir a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Ele já ocupou cargos em diversos órgãos do Estado (Saeb, Bahiatursa, Sudesb, Irdeb e Corregedoria). Caso aceite o pedido de Rui, José Acácio assumirá a autarquia estadual na cota pessoal de Rui Costa (leia mais aqui).

 

A MUDANÇA DE LADO DO MDB

Na última quarta-feira (30), o nome de Geraldo Júnior, importante quadro do MDB-BA, foi confirmado como vice na chapa governista encabeçada por Jerônimo Rodrigues (PT). Com a definição, a majoritária para o pleito contra o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), está formada com Jerônimo candidato ao governo, Geraldo Jr. na vice e Otto Alencar (PSD) como candidato ao Senado.

 

A movimentação ocorreu após a Câmara de Salvador eleger Geraldo Júnior para o terceiro mandato na Casa. A votação foi convocada pelo presidente, após o edil mudar a Lei Orgânica do Município. A legislação vigente autorizava que o presidente da Câmara fosse reeleito em legislaturas diferentes. Porém, com a alteração, será possível a recondução na mesma legislatura.