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Com possível saída do irmão de Geraldo Jr. da prefeitura, Lúcio rebate: 'Perseguição'

Por Maurício Leiro / Gabriel Lopes

Com possível saída do irmão de Geraldo Jr. da prefeitura, Lúcio rebate: 'Perseguição'
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Apesar de entender que a remoção de cargos indicados pelo MDB na prefeitura de Salvador faz parte do "jogo político", o presidente de honra do partido, Lúcio Vieira Lima, indicou que, caso a gestão municipal decida exonerar José Acácio Ferreira - irmão de Geraldo Jr. - da Secretaria de Promoção Social (Sempre), a movimentação será levada como "perseguição". Atualmente, Ferreira ocupa o cargo de subsecretário da Sempre, que tem Kiki Bispo (UB) como titular, e é um quadro indicado pela sigla comanda por Alex Futuca na Bahia.

 

A fala do ex-deputado ocorre após um pacote de exonerações ter sido publicado no Diário Oficial do Município (DOM), nesta quinta-feira (31) (leia mais aqui), com a migração do partido para o arco de alianças do governo do Estado (reveja aqui). No documento, quadros importantes da sigla dizem adeus à gestão municipal.

 

Em contato com o Bahia Notícias, Lúcio avaliou que o partido sempre "indicou bons nomes para a prefeitura de Salvador" e admitiu que o acordo fechado com o prefeito da capital baiana, Bruno Reis (UB), foi para apoiar sua eleição ao Palácio Thomé de Souza, em 2020. "Somente nesse momento vou entender como perseguição. Acredito que os nomes indicados devem ser aproveitados [pela gestão] poque são bons quadros", disse o cacique.

 

Questionado se a negociação de cargos no governo estadual foi um fator que pesou nas negociações que culminaram na virada de lado do MDB, Lúcio desconversou ao afirmar que essas tratativas são "coisas para o futuro" e admitir que demorou muito para decidir o caminho que seria adotado pela sigla para a eleição estadual de outubro.


Interlocutores do Palácio Thomé de Souza informaram ao Bahia Notícias que a saída de José Acácio (relembre aqui) também pode ser concretizada nos próximos dias, assim como a de Marise Chastinet, titular titular da secretaria de Ordem Público (Semop). Acácio assumiu o posto na Sempre em janeiro de 2021 (leia mais aqui).

 

CANETA COM TINTA
A saída do MDB do grupo político de ACM Neto (UB) teve uma resposta imediata por parte da gestão do prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB). Isso porque o chefe do Executivo já publicou exonerações de quadros ligados ao partido no Diário Oficial do Município (DOM), nesta quinta-feira (31).

 

Entre os exonerados está Alexsandro Freitas Silva, conhecido como Alex Futuca, que deixou o cargo de Assessor Especial IV, da secretaria de Ordem Pública. Na pasta, ele recebia remuneração bruta básica de pouco mais de R$ 27 mil e estava no posto desde 2019. Futuca é presidente estadual do MDB.

 

Quem também está de saída é Nestor José Maria Neto, que deixou o cargo de Ouvidor Setorial da Secretaria de Mobilidade de Salvador. Ele foi candidato a vereador da capital baiana nas eleições de 2020, pelo MDB, recebeu 3.611 votos mas não foi eleito. Atualmente, Nestor Neto é membro titular do diretório estadual do partido e integrante do Conselho Fiscal.

 

No pacote, foram publicadas, ainda, as exonerações de Juvenal Maynart Cunha, que ocupava o cargo de Assessor Especial IV da Secretaria de Governo; de Larissa Gomes Moraes, do cargo de subsecretária, da secretaria de Ordem Pública; de Murilo Dias Sampaio, da função de Assessor Especial IV, da Segov e Elmar Lopes Silva, do cargo de Coordenador PNAFM. Cunha é membro do Conselho de Ética do MDB, Larissa, Murilo e Elmar são titulares do diretório estadual.


VIRADA DE LADO DO MDB
Na última quarta-feira (30), o nome de Geraldo Júnior foi confirmado como vice na chapa governista encabeçada por Jerônimo Rodrigues (PT). Com a definição, a majoritária para o pleito contra o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), está formada com Jerônimo candidato ao governo, Geraldo Jr na vice e Otto Alencar (PSD) como candidato ao Senado.

 

A movimentação ocorreu após a Câmara de Salvador eleger Geraldo Júnior para o terceiro mandato na Casa, na última terça-feira (29). A votação foi convocada pelo presidente, após o edil mudar a Lei Orgânica do Município. O ato foi divulgado no Diário do Legislativo soteropolitano.

 

A legislação vigente autorizava que o presidente da Câmara fosse reeleito em legislaturas diferentes. Porém, com a alteração, será possível a recondução na mesma legislatura. A mudança chancelou a possibilidade de Geraldo Júnior ser reeleito para o terceiro mandato consecutivo.