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Líderes do PP minimizam 'contragolpe' do PT e discordam de que haverá 'debandada'

Por Anderson Ramos / Gabriel Lopes / Bruno Leite

Líderes do PP minimizam 'contragolpe' do PT e discordam de que haverá 'debandada'
Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

Nomes com protagonismo no diretório do Progressistas na Bahia, o vice-governador João Leão e o deputado federal Cláudio Cajado minimizaram o impacto de uma resposta do grupo político do governador Rui Costa (PT) após o rompimento da aliança. 

 

Os dois marcaram presença no evento de formalização do apoio ao ex-prefeito de Salvador e candidato ao governo pelo União Brasil, ACM Neto, na manhã desta quinta-feira (17), e elencaram a naturalidade da movimentação por conta do processo em curso.

 

"Conversei com todos os prefeitos que votam comigo e não tive nenhuma defecção. Não acredito em debandada. O que existe vai ser uma natural convergência de conversas para que a gente ajuste, porque a grande maioria dos prefeitos que votam comigo eram aliados do governador Rui Costa, como muitos são aliados de ACM Neto", defendeu Cajado.

 

Ele disse acreditar que os convênios assinados com prefeitos aliados com o governo do estado irão se manter, sem que haja nenhum tipo de "retaliação", uma vez que esse é um compromisso assumido pelo Partido dos Trabalhadores.

 

João Leão, por sua vez, avaliou que a partir de agosto "a cancela está aberta" para os prefeitos, vereadores e deputados que queiram deixar ou chegar na legenda: "O povo, quando sentir o cheiro de vitória, vitória estrondosa, tenha certeza que vai vir todo mundo. Não duvido que vá ter prefeitos do PT, de Bolsonaro, e as portas e as cancelas estão abertas". 

 

ROMPIMENTO COM RESPOSTAS

O Bahia Notícias apurou nesta quinta-feira (17) que o rompimento do PP com o grupo político liderado pelo PT tem gerado retaliações de lado a lado, fazendo com que todos os prefeitos da legenda fossem procurados por interlocutores petistas. Fontes do Progressista confirmam a informação (veja aqui). 

 

A aparição de quatro prefeitos vinculados ao PP pode ter sido apenas o início da ação do PT sob a base de prefeituras do antigo aliado. No primeiro evento após o rompimento, quando aconteceu o anúncio de pavimentação da estrada entre Almadina e Floresta Azul, a construção de nova escola e nova delegacia na cidade, estiveram presentes: Juraci, prefeito de Barro Preto; Jadson Albano, de Coaraci; Dr. Marival, de Nova Canaã e Paulo Rios, prefeito de Itororó.

 

A perspectiva petista pode ser bastante ousada. Segundo fontes internas do partido, a ideia seria atrair 60, das 92 prefeituras vinculadas ao partido do vice-governador João Leão. Além deles, a ideia também é contar com o apoio de outros três deputados estaduais do PP. Apesar disso, a movimentação pode ter sido contida, já que a legenda migrou para a oposição ao governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). 

 

Mesmo com os primeiros sinais de perdas sendo dados, o partido não começou a contabilizar os dissidentes. Segundo uma das fontes internas ligadas ao PP, o partido segue em processo de estabilização após a migração da base de apoio e confia na manutenção de boa parte das prefeituras e dos deputados estaduais. Atualmente somente Jurandy Oliveira (PP) deve se manter na base governista.


TAMANHO DO PP NA BAHIA

O impacto na perda de prefeituras pode ser refletido nas urnas. O PP tem o segundo maior percentual de prefeituras na Bahia com 92 chefes de executivos, dos 417 municípios baianos. A sigla fica atrás apenas do PSD do senador Otto Alencar, que saiu vitorioso em 102 municípios em 2020.