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Indicação da AL-BA, vaga do TCM pode ser usada como barganha por grupo governista

Por Gabriel Lopes

Indicação da AL-BA, vaga do TCM pode ser usada como barganha por grupo governista
Foto: Divulgação / TCM-BA

Com o rompimento do PP, a base governista agora corre atrás do prejuízo para atrair apoio de outras legendas para o espaço deixado pelos Progressistas e pode contar com outra carta na manga. Para a composição das eleições de outubro, o grupo político pode usar uma vaga de conselheiro que será aberta no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA) como barganha.

 

No dia 25 de maio, o conselheiro Raimundo Moreira completa 75 anos, cai na aposentadoria compulsória e deixa o TCM. A vaga ocupada por Moreira é destinada à indicação da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A prerrogativa de indicação é do Legislativo, sob a presidência de Adolfo Menezes (PSD), que faz parte da aliança com o grupo do governador Rui Costa (PT). Mesmo com a saída do PP, a bancada de situação ainda conta com a maioria para aprovação do futuro nome.

 

Em 2021, o ex-deputado federal Nelson Pelegrino foi indicado pela AL-BA para ocupar o cargo de conselheiro no TCM, após a aposentadoria de Paolo Marconi (veja aqui). A vaga ocupada por ele também era uma indicação do Legislativo.

 

O TCM-BA foi procurado pelo Bahia Notícias e confirmou que em 2022 apenas uma vaga para conselheiro deve ser aberta no Tribunal - novas cadeiras ficam disponíveis em caso de aposentadoria antecipada ou morte de um conselheiro. O BN também entrou em contato com o presidente da AL-BA, Adolfo Menezes. Ele sinalizou que o grupo já tem conhecimento da vaga que será deixada por Raimundo Moreira e, apesar de admitir que é um posto importante para as pretensões de um ano eleitoral, vai deixar as discussões e escolha de um nome para o "próximo capítulo". Segundo Menezes, a justificativa é a "confusão" na base governista para a composição da chapa majoritária.

 

PREENCHENDO O VAZIO DEIXADO PELO PP

Com o término da aliança com o grupo de Rui, os cargos que os progressistas vão deixar na administração estadual, estimados em mais de 200, também devem ser usados para angariar novos aliados. Nesta quarta-feira (16), o deputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr., confirmou ao Bahia Notícias que interlocutores do grupo liderado pelo governador Rui Costa (PT) tentam atrair o partido de volta para a base governista (veja aqui). Além do PDT, também estaria na mira do governo o apoio do MDB (leia mais aqui).

 

Segundo Félix, o diálogo sempre aconteceu, mas as conversa ficaram mais intensas nos últimos dias com a ruptura do PP com os petistas. “Interlocutores insistentemente ligam do governo, a gente atende, conversa, mas não abre negociação, porque não tem porque abrir negociação. Se fosse por cargos, a gente não tinha saído do governo, teríamos ficado lá”, afirmou o pedetista.

 

Nomes antigos do partido, como os deputados estaduais Roberto Carlos e Euclides Fernandes, não escondem o interesse que o PDT permaneça na base aliada do governo estadual. Publicamente, Roberto Carlos tem defendido que a sigla se alie ao projeto de permanência do PT no poder - pelo menos enquanto o candidato ao governo era Jaques Wagner.