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Senadores lamentam conflito na Ucrânia em meio à alta do dólar

Por Felipe Dourado, de Brasília

Senadores lamentam conflito na Ucrânia em meio à alta do dólar
Foto: Juandec/Wikimedia Commons (editado)

Poucas horas após o Senado encerrar a sessão que deliberava sobre o pacote dos combustíveis (saiba mais aqui), o governo russo autorizou os primeiros "exercícios militares" responsáveis pelo bombardeio a cidades ucranianas na madrugada desta quinta-feira (24). Na manhã de hoje, o mercado financeiro global iniciou as operações com valorização recorde do dólar e baixa em quase todas as bolsas de valores. A ocasião levou alguns parlamentares da Casa a se pronunciarem, em meio à crise diplomática que se estabeleceu no leste europeu.

 

O senador Jaques Wagner (PT-BA) tratou como "deplorável" o conflito. "A ninguém interessa as guerras, que só resultam em destruição, fome e mortes", comentou o baiano em seu perfil oficial no Twitter.

 

Marcelo Castro (MDB-PI) argumentou que os ataques são um "triste capítulo da nossa história" e lamentou a invasão do exército russo ao país do leste europeu.

 

Já Leila Barros (Cidadania-DF) reforçou que é importante se ter "sensatez e responsabilidade" neste momento de instabilidade geopolítica. "É preciso recuperar a economia mundial, alimentar as famílias com fome e criar condições para que elas sobrevivam e eliminar as desigualdades, entre tantas outras tarefas essenciais. Não queremos mais destruição e horror", comentou a senadora.

 

O emedebista Carlos Viana (MG), alertou para a importância da defesa da soberania na geopolítica. "O ataque não provocado da Rússia aos ucranianos mostra o quanto é necessário uma nação que tenha controle do próprio território, capacidade de defesa e diplomacia ativa", salientou.

 

DÓLAR DISPARA COM ATAQUES RUSSOS

Enquanto isso, após uma série de quedas desde o dia 24 de janeiro até ontem (23), quando chegou ao patamar de R$ 5,00 pela primeira vez desde abril de 2021, o dólar iniciou as atividades do mercado financeiro mundial nesta quinta (24) operando a R$ 5,15, com alta de quase 3% em relação ao dia anterior. Com isso, o preço do barril de petróleo, cotado em dólares, subiu para acima dos US$ 100.

 

"O cenário menos pior [para o Brasil em termos de investimentos] seria a Rússia anexar somente os estados separatistas, que têm maioria da população pró-Rússia", explica Pedro Queiroz, especialista em investimentos.

 

O preço das commodities disparou e, num cenário pessimista com uma crise global se instaurando, Queiroz avalia que haveria uma crise hierinflacionária. "Podemos chegar ao ponto de que o preço do Petróleo, por exemplo, estrangule a demanda. Vai estar tão caro que ninguém terá como consumir", avalia.

 

No Senado, os trabalhos em plenário devem voltar apenas na Quarta-Feira de Cinzas (1º), e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeu pautar as duas proposições já na ocasião.