Otto já teria aceitado disputar o governo e impasse seria 'desistência de Wagner'
por Mauricio Leiro

O senador Otto Alencar (PSD) já teria aceitado que seria o nome do "teodolito" ao governo da Bahia. A sinalização positiva se deu após reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (veja mais) e a virtual sinalização de que poderia disputar a cabeça de chapa, mesmo Otto mantendo a esperança de disputar a reeleição ao Senado. Rui teria definido que seria candidato ao Senado, obrigando os aliados a uma adaptação (reveja aqui).
Segundo fontes internas do PSD baiano, o único empecilho para "assumir a candidatura" seria a retirada do nome do também senador Jaques Wagner (PT) do pleito. Uma das fontes procuradas pelo Bahia Notícias apontou que, caso Wagner divulgue a desistência, Otto não terá "nenhum problema" para disputar o pleito. Otto então estaria "aguardando Wagner" que ainda é candidato e viajou logo após a reunião com Lula - cumpre missão oficial do Senado fora do país (veja mais aqui).
O ato do governador Rui Costa de tentar costurar uma candidatura ao Senado e desestruturar o planejamento de ter Jaques Wagner como candidato ao governo criou insatisfação dentro do PT da Bahia (relembre aqui). Em contrapartida, o governador Rui Costa falou publicamente sobre a reunião que teve na última terça-feira (15), minimizou as informações divulgadas nos bastidores e anunciou uma provável data para divulgação da chapa (veja aqui).
IMPASSE PARA A VICE
Outro ponto pendente na construção da chapa seria o nome para a vice. O que teria sido rascunhado seria a indicação de um nome pelo PP, que é liderado por João Leão. O Bahia Notícias também obteve a informação que a relação com os progressistas estaria pacificada e que o atual vice-governador iria "trabalhar para Otto como se fosse candidatura dele". Já entre os aliados à esquerda do grupo político, um nome do PP não seria uma escolha de primeira hora - abrindo espaço para contestações ainda que o acordo seja selado desde agora.
Apesar disso, fontes apontam para uma disputa entre o PSD e o PP pelo protagonismo no grupo. O fato foi refutado por uma fonte interna do partido presidido por Otto, onde seria algo para "tentar ter uma fissura".
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