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Remoção de professores especialistas das séries iniciais pela SMED provoca tensão

Por Bruno Leite

Remoção de professores especialistas das séries iniciais pela SMED provoca tensão
Foto: Valter Pontes/Prefeitura de Salvador

Uma nova decisão tomada pela Secretaria Municipal de Educação (SMED) de Salvador está sendo rechaçada entre os professores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB Bahia). A pasta definiu na última semana a retirada de professores licenciados em Artes, Língua Estrangeira e Educação Física dos anos iniciais do ensino fundamental das salas da rede municipal.

 

Para protestar contra a medida, a APLB convocou um ato para a manhã desta quarta-feira (2), a partir das 9h, em frente à Câmara Municipal. De acordo com a categoria, será negado aos alunos o direito de estudar os conteúdos das disciplinas com professores formados nas áreas em questão, contribuindo para uma "educação deficitária".

 

Há ainda, conforme disseram os professores através de comunicado veiculado pela entidade nesta terça, uma insensibilidade por parte da gestão, especialmente do secretário Marcelo Oliveira, da SMED. 

 

O secretário, no entanto, defende que houve um diálogo entre as partes e afirmou que os conteúdos não foram retirados dos currículos escolares: "Não foram excluídas as disciplinas, expliquei para cada um dos diretores de escola".

 

"O ensino fundamental é dividido em duas etapas, anos iniciais, do 1º ao 5º, e finais, do 6º ao 9º. Nos anos iniciais, as crianças entram na escola com 6 anos de idade e nesse momento a prioridade é a alfabetização dessas crianças", defendeu o responsável pela pasta. 

 

A SMED justificou a decisão afirmando que até 2015 as aulas eram ministradas por pedagogos, mas que após uma mudança "na forma de ministrar" profissionais licenciados foram deslocados para as funções à frente dos anos iniciais.

 

A alteração na forma de execução das aulas se daria pelo aumento da demanda na rede municipal, que passou a contar, segundo dados do município, com 20 mil alunos apenas no ano passado. O novo modelo seria revestido de toda a legalidade, conforme defendeu Marcelo Oliveira.

 

Os professores alegam que o remanejamento vai de encontro às Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e uma trajetória de ensino das matérias no currículo das escolas municipais soteropolitanas.