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Alvarás para obras no atracadouro de São Tomé de Paripe estão travados desde julho

Por Bruno Leite / Lula Bonfim

Alvarás para obras no atracadouro de São Tomé de Paripe estão travados desde julho
Foto: Reprodução / Venha Ver 71

O governo da Bahia e a prefeitura de Salvador não estão se entendendo. Como em um jogo de empurra, um aponta para o outro a responsabilidade do atraso na emissão dos alvarás de licença ambiental e de reforma, para o início das obras de recuperação do atracadouro de São Tomé de Paripe, que auxilia na travessia marítima entre o subúrbio soteropolitano e algumas ilhas da Baía de Todos-os-Santos.

 

O Bahia Notícias consultou tanto a Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), por parte do governo estadual, quanto a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), pelo lado da prefeitura de Salvador, para compreender o imbróglio que tem atrasado o início da recuperação do atracadouro.

 

De acordo com a Seinfra, em nota encaminhada ao BN, a solicitação dos alvarás para o início da execução das obras foi feita à Sedur no final do mês de agosto, faltando apenas a resposta da prefeitura de Salvador para que a empresa contratada comece os trabalhos em São Tomé de Paripe.

 

A versão apresentada pelo governo do estado contrasta com a da prefeitura inclusive nas datas. A Sedur respondeu ao BN que a Tecnocret Engenharia Ltda, empresa responsável pela obra, deu entrada no processo junto à gestão municipal em 23 de julho e teve resposta quatro dias depois, em 27 do mesmo mês, quando novos documentos foram solicitados.

 

Ainda conforme a nota enviada pela Sedur ao BN, até meados de outubro nem a Tecnocret Engenharia nem o governo do estado retornaram com os documentos solicitados e, por esse motivo, os alvarás de licença ambiental e de reforma ainda não foram liberados para o início da recuperação do atracadouro.

 

“A Sedur ressalta que o processo foi analisado com celeridade e aguarda apenas que as pendências sejam sanadas, por parte da empresa/estado, para que haja o prosseguimento do processo”, finalizou a pasta municipal.

 

Enquanto prefeitura e governo do estado ainda se desentendem sobre a liberação da obra anunciada em 21 de maio deste ano, a população tem sofrido com o estado atual do atracadouro. A ponte que leva os passageiros até os barcos que fazem a travessia para as ilhas apresenta diversas rachaduras e assusta quem precisa utilizar o equipamento.

 

Rodrigo Paranhos, morador de Paripe, comemorou seu 26º aniversário na praia de Botelho, em Ilha de Maré. Para chegar à localidade, claro, teve que pegar uma embarcação em São Tomé. Ele conta que o embarque e o desembarque foram realizados na água, por causa do receio de marinheiros e passageiros com o estado do atracadouro.

 

“Quase ninguém usa [o atracadouro]. A ponte fica lá parada. A gente desembarca e embarca na água, do lado dela [a ponte]”, relatou ao Bahia Notícias. “Colocam um degrau para subir no barco e, para descer, a mesma coisa. A ponte está realmente em decadência”, completou.

 

O desentendimento entre governo e prefeitura, que prejudica os moradores e visitantes do Subúrbio, também ocorreu em relação à tão falada ponte Salvador-Itaparica. A liberação de alvarás foi cobrada pelo vice-governador João Leão (PP), mas o prefeito Bruno Reis (DEM) negou que a prefeitura tenha recebido a documentação (saiba mais aqui).

 

Ao mesmo tempo em que bate cabeça com o governo Rui Costa (PT) para a liberação de obras estaduais, a prefeitura de Salvador já deu ordem de serviço para a requalificação dos terminais da travessia Ribeira-Plataforma, que liga a Península de Itapagipe ao Subúrbio (veja aqui).