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Construção de condomínio preocupa moradores de Mussurunga

Por Anderson Ramos

Construção de condomínio preocupa moradores de Mussurunga
Foto: Divulgação

A construção de um condomínio de grande porte em Mussurunga tem causado preocupação em quem mora do bairro e adjacências. Segundo os moradores, o Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) apresentado pela construtora MRV subdimensiona as possíveis consequências da instalação do equipamento na localidade.

 

Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (18), lideranças comunitárias apresentaram uma contestação ao documento apresentado pela empresa. Eles viram com desconfiança as soluções apresentadas pela construtora.

 

De acordo com o documento feito pelos moradores, para produzir o RIV, a MRV usou como referência a atual estrutura de serviços do bairro, que segundo eles, já não suporta a atual demanda.

 

Conforme dados do IBGE, Salvador tem em média três pessoas morando na mesma residência. O condomínio Colina Imperial prevê a instalação de 4.596 apartamentos de dois quartos que serão divididos em 12 prédios.

 

Com isso, o bairro deve receber aproximadamente 14 mil novos moradores, o que representa um aumento de quase 50% na população, já que no último censo, feito em 2010, o IBGE estimava que Mussurunga possuía pouco mais de 30 mil moradores.

 

Tendo em vista estes números, a contestação pede que em contrapartida que sejam construídas escolas públicas, unidades de saúde, complexo esportivo e um prédio para acomodar a 39º Companhia Independente da Polícia Militar, que é responsável pelo policiamento da região.

 

A preocupação com a mobilidade também é grande, já que os engarrafamentos são constantes nas ruas do bairro. A cobrança, já antiga (lembre aqui), é que seja feito um novo sistema viário. Segundo a MRV, será construída uma nova via de acesso, que vai ligar Mussurunga a Avenida 29 de Março, com pouco mais de 1 km de extensão.

 

Em nota enviada ao Bahia Notícias, a construtora informou que o laudo técnico foi elaborado e assinado por profissionais multidisciplinares, como engenheiro civil, biólogo, engenheiro ambiental, arquiteto e urbanista, geólogo e assistente social, o que segundo a MRV,  “atesta a qualidade a preocupação em ter projetos ecologicamente sustentáveis, economicamente viáveis e socialmente responsáveis”.

 

A empresa também garantiu que o relatório apresentado pela comunidade já foi analisado, será levado em consideração e as respostas serão divulgadas juntamente com o fechamento da audiência pública. 

 

Ainda não há previsão para o início da construção, já que ainda será necessária a liberação do alvará pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Sedur). O condomínio deve ser concluído cinco anos após o começo das obras.