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Sob pressão do Planalto, Coronel quer entregar relatório da reforma do IR em outubro

Por Gabriel Lopes

Sob pressão do Planalto, Coronel quer entregar relatório da reforma do IR em outubro
Senador Angelo Coronel | Foto: Bahia Notícias

Mesmo com a urgência do governo federal em aprovar a reforma do Imposto de Renda (IR), ainda há pontos do projeto que precisam ser avaliados. Relator da proposta no Senado, Angelo Coronel (PSD) destacou itens que merecem atenção e disse que quer entregar o relatório no final de outubro.

 

"A questão maior aí é tributação de dividendos - parcela dos lucros de uma empresa distribuída aos acionistas - e eu defendo aumentar a alíquota de isenção para quem ganha até R$ 5 mil não pagar imposto. Esses dois pontos aí são os mais cruciais", afirmou o senador baiano em conversa com o Bahia Notícias.

 

Questionado se há alguma chance de o projeto ficar para o ano que vem, Coronel disse que isso só ocorrerá "se o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] não quiser pautar" ainda em 2021.

 

"No decorrer do mês de outubro a gente deve ouvir toda a sociedade empresarial brasileira, todas as representações, instituições que abrigam essas empresas e associações de classe, ouvir tributaristas e a partir daí lavrar um relatório e discutir para ser aprovado no Senado. O meu interesse é entregar [o relatório] no final de outubro", afirmou.

 

O CLIMA EM BRASÍLIA
Nesta segunda-feira (27), Coronel encontrou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), para discutir a proposta. Lira pediu ao senador que tente preservar o texto da reforma aprovado na Câmara, para evitar que o projeto volte para nova votação dos deputados (veja mais aqui).

 

O relator sinalizou, no entanto, que alterações serão feitas. Segundo Coronel, o presidente da Câmara já foi informado.

 

"Evidentemente qualquer presidente quer que o texto aprovado na sua Casa seja o texto. Mas eu expliquei a ele de algumas mudanças que vamos fazer, ele concordou e ficou de apresentar quando estiver mais próximo", afirmou o senador.

 

O projeto da reforma do Imposto de Renda é uma prioridade para o governo, que precisa da aprovação para viabilizar o orçamento do Auxílio Brasil em 2022. Segundo a equipe econômica, a taxação de dividendos garantirá recursos para o programa, com mais beneficiários e valores maiores que o atual Bolsa Família.

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também se reuniu com o relator nesta segunda (27). Ao lado de Coronel, ele pediu que o presidente do Senado paute a votação da reforma e chegou a dizer que se Pacheco "colocar [o projeto] na gaveta, na verdade está dizendo ao povo brasileiro que não está preocupado com o Bolsa Família".