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Para Rui, confusão na Governadoria é busca por 'repercussão em rede social'

Por Ailma Teixeira / Matheus Caldas

Para Rui, confusão na Governadoria é busca por 'repercussão em rede social'
Foto: Divulgação

O governador Rui Costa repudiou a manifestação do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), realizada nesta segunda-feira (12). O ato, realizado na Governadoria, terminou em confusão, com o prédio público depredado, policiais agredidos e um manifestante preso (saiba mais aqui).

 

"São pessoas que buscam ter repercussão em rede social, repercussão em mídia e, ao invés de buscar apresentar suas reivindicações, buscam facilidade na exibição de atos midiáticos", criticou o governador ao ser questionado sobre a repercussão do caso, em evento realizado nesta terça-feira (13). Durante a manhã de hoje, o petista entregou uma nova encosta entre a Rua Quinta dos Lázaros e a Avenida Glauber Rocha, no bairro de Cidade Nova, em Salvador.

 

"Eu só fico triste com isso porque acho desnecessário, nós temos um diálogo permanente com todos, então é inadmissível esse tipo de comportamento e nós vamos dar continuidade às medidas legais para que os responsáveis respondam judicialmente por seus atos", ressaltou o gestor.

 

Ainda ontem, o manifestante identificado como Vitor Aicau foi ouvido na 11ª Delegacia Territorial de Tancredo Neves e liberado após a Polícia Civil instaurar um inquérito. Acusado de agredir um policial com socos, ele vai responder por dano ao patrimônio público, resistência, desobediência e lesão corporal (veja aqui).

 

Segundo o coordenador do MLB, Gregório Motta, o grupo foi ao local para realizar um protesto pacífico para “sensibilizar o governo”.  “Anteontem, a desembargadora suspendeu o mandado de reintegração de posse, e disse que o governo tem que resolver o problema da moradia das famílias. Essa foi uma vitória para a gente. Aí ontem foi um ato para sensibilizar o governo, o governador. Fomos lá com crianças, famílias, idosos, para fazer isso”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

“Só que segurança, provavelmente despreparada, da governadoria, agiu logo com truculência. A gente entrou no saguão. A porta fica aberta. É um lugar público. A gente não entrou em sala nenhuma, não pulou catraca. Ficamos naquela parte, e eles vieram com agressividade empurrando e tirando as pessoas de dentro”, acrescentou.

 

Motta ainda defendeu Vitor Aicau. “Vitor, que foi detido, estava defendendo uma companheira que estava com os cabelos sendo puxados. A manifestação era para ser uma coisa pacífica sobre a moradia, e eles acabaram fazendo isso”, concluiu.

 

No início de junho, o grupo organizou a "Ocupação Marighella" e travou um embate com o governo estadual - cerca de 100 famílias com moradia sob ameaça ocuparam o prédio onde ficava a antiga sede da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), na Av. Sete de Setembro, em Salvador.

 

Na época, o BN conversou com o coordenador do movimento, Gregório Motta, que disse se tratar de famílias com moradia sob ameaça e que pretendiam transformar o imóvel, já há mais de seis anos abandonado, em um espaço de transformação social, com a instalação de uma creche (saiba mais aqui).

 

No entanto, a Embasa afirmou ter registrado boletim de ocorrência contra a invasão e ressaltou que buscaria as medidas cabíveis para reintegração de posse. Na nota enviada pela Secom ontem, há ainda a informação de que a reintegração visa preservar não só o prédio, mas também a vida das pessoas, pois há indícios de instabilidades nas estruturas internas do imóvel. Além disso, o governo informa que a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) realizou o cadastro das famílias ali alocadas no programa de habitação estadual.

 

Com base nisso, o governador ressaltou que a liberação dessas casas não será feita mediante a invasão de prédios públicos. "Não vamos dar privilégio a quem fizer invasão pra furar fila, existe uma fila de habitação. Infelizmente, o governo federal suspendeu o programa habitacional para os pobres - o protesto deveria ser muito mais direcionado a quem suspendeu o programa habitacional", apontou o governador. "Vamos fazer novos investimentos, mas tem uma fila de pessoas cadastradas que estão no meio da rua já há um, dois, cinco anos, aguardando sua casa e não podemos permitir o fura-fira. Ninguém gosta do fura-fila na vacinação, então, certeza que ninguém gosta do fura-fila na habitação", frisou o gestor. 

 

De acordo com Rui, "o direito fundamental do ser humano também é prioridade", onde os critérios, nesse caso, são o número de filhos e o estado de carência da população.