Agência de comunicação do governo vai tentar barrar quebras de sigilo da CPI
A agência que atende a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), a Calia, quer barrar as quebras de sigilo telefônico, telemático, bancário e fiscal determinadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Ela vai entrar com um pedido nesta segunda-feira (21) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a empresa alega que essa medida pode expor outros clientes que não têm relação com a apuração das ações e omissões do governo no combate à Covid-19. Com isso, a estratégia é enviar documentos públicos à CPI, com informações de contratos com a Secom.
A publicação lembra que a CPI quer apurar se o dinheiro público destinado às campanhas de comunicação na pandemia foi utilizado para financiar sites e plataformas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que produzem e divulgam fake news. Para tanto, a comissão aprovou dois pedidos do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente do colegiado, para investigar gastos dos Ministérios da Saúde e das Comunicações com propaganda e campanhas produzidas desde 2019.