Ciro Gomes admite conversas com DEM para 2022, mas pondera: 'Nada conclusivo'
Por Mauricio Leiro / Matheus Caldas
Pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes despistou sobre uma possível aliança para a eleição ao Palácio do Planalto entre seu partido e o DEM, presidido pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Nesta quinta-feira (10), ele concede entrevista coletiva a veículos de imprensa da Bahia.
Apesar de não garantir que PDT e DEM caminhem juntos em 2022, ele admite que pretende dialogar com os democratas e com o PSD. No momento, o ex-governador cearense diz que está “agora numa fase que todos conversam com todos”.
“Nada conclusivo, fechado. O STF ao devolver Lula, antecipou o processo em 2 anos. Isso apanha o Bolsonaro em grave desgaste, pesquisas toda semana, como se tivesse eleição daqui a 3 meses. O povo está com medo da pandemia, querendo se vacinar. Como isso aconteceu os políticos estão se manifestando. Bolsonaro tem o poder e quer reeleição. Lula quer voltar. Os dois não conseguem passar, na posição central, e aí vem a terceira via. Povoada por uma porção de pessoas. Luciano Huck é candidato? Sérgio Moro? Dória tem confusão no PSDB. O Mandetta do DEM é candidato, respeitando a ideia de que eles estão examinando de terem um candidato”, disse.
Segundo Ciro, quem conduz as articulações neste sentido é o presidente da sigla, Carlos Lupi, a quem ele diz ter “dado uma procuração para fazer os entendimentos”. Nossa ideia é montar uma ampla ideia de centro-esquerda. Seria PSB, PDT, PV e a Rede. Esse grupo, pretende conversar com outras forças mais ao centro e centro direita. O DEM, o PSD, fazem parte desse processo estratégico. Mas digo que ninguém sabe com que partidos contará”, acrescentou.
Em 2020, durante o processo eleitoral em Salvador, DEM e PDT se aproximaram. Para pavimentar o nome do atual prefeito Bruno Reis (DEM), Neto formalizou apoio do partido de Ciro, que emplacou a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) na chapa. Anteriormente, a sigla fazia oposição a Neto na prefeitura da capital baiana. À nível estadual, a relação com o governador Rui Costa (PT) se deteriora cada vez mais, inclusive com críticas do presidente do partido na Bahia, Félix Mendonça Jr., às conduções políticas feitas pelo petista Rui Costa.