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Otto Alencar 'aperta' Nise sobre uso da cloroquina e gera constrangimento em CPI

Por Mari Leal

Otto Alencar 'aperta' Nise sobre uso da cloroquina e gera constrangimento em CPI
Foto: Leopoldo Silva/ Agência Senado

O senador baiano Otto Alencar (PSD), médico de formação, protagonizou um momento de incisivos questionamentos à Nise Yamaguchi sobre o tratamento de mais de 370 pacientes que ela alega terem sido “curados” da Covid-19 com o uso da idroxicloroquina, medicamento que sucessivas pesquisas já comprovaram ser ineficaz. Em seus esclarecimentos, nesta terça-feira (1º), a médica voltou a defender o tratamento precoce da doença e o uso da medicação. Apresentou ainda uma minuta de decreto, a qual prevê a administração da medicação.

 

“A primeira coisa que pergunto é que se para utilizar hidroxicloroquina a senhora fez exames pré-clínicos e clínicos, quais exames e se a senhora acompanhou e tem os exames se depois do tratamento deixaram sequela?”, iniciou Otto, ao passo que a médica responde que a droga já é utilizada há mais de 80 anos. 

 

“A senhora vim dizer que é usada há tanto tempo sem fazer exames clínicos e pré-clínicos?”, rebate o senador. “A senhora está errada. Apostou em uma droga que poderia dar certo ou não. A ciência, por mais que a senhora seja formada e tenha curso, não admite isso. De se apostar no escuro. Querer testar uma droga para ver se dar certo ou errado”, enfatizou Alencar, repetindo postura combativa, assim como já havia expressado em outros depoimentos na CPI.

 

“Se me fornecer os dados todos dos pacientes que falou há pouco, os trezentos e poucos pacientes com nome, o diagnóstico de certeza que estava com a Covid, o tratamento e a sequelas que ficaram, resultados de exames de laboratório... A senhora fez dedímero dos exames que a senhora fez? Não tem. Tem as tomografias? Fez? Não fez. Ficou fibrose pulmonar?”, continua o senador em seus questionamentos. 

 

Alencar prossegue ainda com questionamentos apontados como básicos no tratamento da Covid-19, os quais Nise não consegue responder ou responde de maneira superficial, a exemplo da diferença entre vírus e protozoários. 

 

“Como é que a senhora, com a responsabilidade que tem diz que tratou 370 pacientes sem comprovar os doentes, sem mostrar os exames? Isso é leviano”, continua o senador. "De médico audiovisual esse plenário está cheio", acrescentou.

 

Após a sequência de perguntas feitas pelo senador, as quais gerou tensão e deixou no ar um clima de constrangimento, o presidente Omar Aziz interveio.