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Universidades baianas se posicionam contra cortes; orçamento se assemelha ao de 2004

Universidades baianas se posicionam contra cortes; orçamento se assemelha ao de 2004
Foto: Divulgação

Instituições de ensino superior federais da Bahia se posicionaram contra os cortes orçamentários realizados no orçamento deste ano (veja aqui). O decréscimo expressivo nas verbas destinadas ao custeio e infraestrutura dos campi universitários federais instalados na Bahia pode comprometer a realização de ações de pesquisa, ensino e extensão em diversas cidades do estado.

 

A reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Joana Guimarães, demonstrou preocupação quanto às condições que foram postas com o orçamento reduzido. "A situação é bastante crítica. Todas as universidades estão preocupadas como vão chegar ao final do ano com esse orçamento. Temos feito várias ações, sensibilizado várias pessoas no parlamento e em outras instâncias governamentais para que a gente possa reverter, pelo menos, para valores de 2020", discorreu a reitora sobre a questão. 

 

Em nota, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), uma das seis baianas, afirmou que "foi atingida com a supressão de um montante no valor de R$ 11,1 milhões em seu orçamento discricionário", o que representa uma diminuição da ordem de 22,8% quando comparado ao ano de 2020.

 

"Essa redução é preocupante, uma vez que o corte no orçamento da UFRB compromete diretamente o pagamento de despesas essenciais, tais como: energia elétrica, água, serviços terceirizados, compra de materiais, manutenção predial e de equipamentos, bolsas e auxílios estudantis. Investimentos em equipamentos e obras também ficarão comprometidos. A título de comparação, em 2021, serão destinados apenas R$ 423 mil para investimentos em obras e compra de equipamentos, enquanto no exercício anterior foram destinados, inicialmente, cerca de R$ 7,3 milhões", comentou a Federal do Recôncavo.

 

O impacto dos cortes atinge a vida de milhares de estudantes, dificultado a permanência nos cursos em que estão matriculados. "Os cortes prejudicam as políticas e ações afirmativas de inclusão e assistência de estudantes em condições de vulnerabilidade. Hoje, cerca de 2,6 mil, dos mais de 10 mil estudantes de graduação da UFRB, são apoiados por essas ações", alertou a UFRB.

 

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) divulgou uma nota convocando a comunidade universitária para um ato virtual em defesa da educação, marcado para o próximo dia 18 de maio. A instituição categorizou a situação como sintoma de um "desmonte de políticas públicas e a destruição em curso do sistema educacional brasileiro". 

 

"Com máxima urgência e toda força, temos que mobilizar nossa nação para a escolha pela ciência, pela civilidade, pela democracia e, enfim, pela Educação, de sorte que a sombra da barbárie saia de nossas vidas, tornando-se apenas uma página infeliz de nossa história", conclamou a UFBA.

 

De acordo com uma reportagem de O Globo, publicada nesta sexta-feira (7), estão livres em 2021, segundo o Painel do Orçamento Federal, R$ 2,5 bi para as 69 universidades e 1,3 milhão de estudantes. Esse valor é praticamente o mesmo que o orçamento de 17 anos atrás (com os valores atualizados pelo IPCA), quando o país tinha um número menor de instituições e alunos matriculados.