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Operação Immobilis: Maturino teria se passado por juiz substituto no PI para cometer crimes

Por Cláudia Cardozo / Mauricio Leiro

Operação Immobilis: Maturino teria se passado por juiz substituto no PI para cometer crimes
Foto: Arquivo pessoal

Agora denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), juntamente com sua esposa Geciane Maturino (reveja aqui), o quase-Cônsul Adailton Maturino teria se passado por juiz substituto no Piauí para articular fraudes em processos. 

 

O MP promoveu denúncia para desarticular uma organização criminosa que simulava a presença de pessoas em ações das quais eram emitidas ordens judiciais cancelando a hipoteca de imóveis, o que permitia a transferência destes para alguém do grupo criminoso ou a comercialização para terceiros de boa-fé.  

 

A investigação foi iniciada com a representação feita por Rosemberg Brito, quando estava em processo de divórcio com sua ex esposa Maria Marta França, vítima de estelionato que teve como autor principal o senhor Frede Brito Andrade e seu comparsa Anselmo Costa, assassinado em Irecê. "A vítima teria entabulado um contrato de compra e venda de um imóvel em Lauro de Freitas e como forma de pagamento, além de entrega de dinheiro e bens móveis, os autores do estelionato ofereceram um apartamento em Salvador", pontua em trecho.

 

Frede então teria também pedido para que a vítima aceitasse transferir a casa  para o nome de um terceiro, com ligação com esta organização criminosa. Tempos depois, Maria Marta descobriu que o apartamento em Salvador jamais pertenceu a Frede Brito, sendo obtido de maneira fraudulenta. Sendo confirmado depois pela ex-mulher de Frede, que disse que aquele apartamento era dela e que aquilo era invasão, acusando ele de participação.

 

A ex-mulher de Frede relatou que ele era envolvido na falsificação de documentos e fraudes imobiliárias e teria atuado com Adailton Maturino, "pessoa que se identificava como juiz substituto de uma comarca do Estado do Piauí, passando, a partir deste instante, a realizar diversas fraudes imobiliárias em bens gravados com garantia real".

 

O MP então, com essas informações,  por meio do GAECO-BA, passou a oficiar diversos cartórios de registro de imóveis pelo Brasil e obteve certidões de imóveis suspeitos, quase todos com a mesma marca de unicidade, qual seja, uma determinação judicial oriunda da comarca de Canto do Buriti/PI, recebida por algum órgão judicial com competência territorial sobre a área do imóvel que a quadrilha pretendia alienar, que continha uma ordem de baixa dos gravames incidentes nesses imóveis.

 

Foram requeridas pelo MP a decretação da indisponibilidade de ativos, no valor de R$2,2 milhões, em relação ao patrimônio dos denunciados, com exceção do colaborador Frede Brito de Andrade, para reparação dos danos causados às vítimas e instituições financeiras lesadas.