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Superintendente do Amazonas diz que Salles não vai 'passar boiada' na Polícia Federal

Superintendente do Amazonas diz que Salles não vai 'passar boiada' na Polícia Federal
Foto: Reprodução / TV Globo

Após a maior apreensão de madeira da história do Brasil, o atrito entre a Polícia Federal e Ricardo Salles (Meio Ambiente) teve início. O ministro foi na última quarta-feira (31) ao Pará, onde fez uma espécie de verificação da operação. Salles apontou falhas na ação e tem dito que há elementos para achar que as empresas investigadas estão com a razão.

 

O chefe da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva, comentou que é a primeira vez que vê um ministro do Meio Ambiente se manifestar de maneira contrária a uma ação que visa proteger a floresta amazônica, de acordo com a Folha de São Paulo. 

 

“É o mesmo que um ministro do Trabalho se manifestar contrariamente a uma operação contra o trabalho escravo”, afirma. A apuração do caso está sob seu comando.

 

Saraiva declarou que tudo que foi apreendido desde dezembro do ano passado, mais de 200 mil metros cúbicos de madeira, é produto de ação criminosa. Ele afirma também que as empresas até agora não apresentaram documentos requisitados pela PF.

 

"É como se um carro fosse parado na estrada, a polícia pedisse o documento, e o condutor não tivesse em mãos ou entregasse um sobre um Fusca, quando estava dirigindo um Chevette", afirmou o delegado, que concluiu seu doutorado sobre o tema em fevereiro.

 

“Se a documentação estiver dentro da lei, liberaremos a madeira na hora. A possibilidade disso acontecer, na minha opinião, é perto de zero. Na Polícia Federal não vai passar boiada”, disse usando termo utilizado por Salles em reunião ministerial do ano passado.

 

Há mais de dez anos ocupando cargos de superintendente na PF (Roraima, Maranhão e Amazonas, agora), ele diz que as investigadas na ação não podem nem ser chamadas de empresas. “Trata-se de uma organização criminosa", finalizou.