Intervenção na CSN aponta caducidade do contrato: 'Só resta à prefeitura assumir'
Por Bruno Luiz / Ailma Teixeira
O relatório da intervenção feita pela Prefeitura de Salvador na concessionária de ônibus CSN foi concluído e o resultado apontou para a caducidade do contrato. Ou seja, o contrato perdeu validade porque se demonstrou que a empresa já não tem mais condição de voltar a operar o sistema.
Com isso, a gestão municipal deve acabar assumindo a operação. "Tem dois caminhos para a prefeitura. Um caminho é executar o serviço diretamente, outro caminho é contratar alguma empresa emergencialmente. Eu venho contactando empresas, mandei e-mail para várias e ninguém tem interesse em assumir a empresa. Um motivo é pelo risco da sucessão empresarial, o segundo é que o transporte público de Salvador é um dos mais deficitários do Brasil, entre outras coisas, pela repartição da tarifa entre metrô e ônibus. Fica 61% para o metrô e 39% para os ônibus", avalia o prefeito, ao comentar, mais uma vez, a crise no setor do transporte público.
Diante desse cenário, Bruno frisa que a prefeitura não tem saída. "Só nos resta assumir, é o meu dever. Se ninguém quer operar, eu tenho que assumir, que garantir o transporte público para a população. É preciso de solução urgente", ressaltou.
Como divulgado pelo Bahia Notícias mais cedo (saiba mais aqui), assumir a gestão plena do serviço é a opção mais viável para a gestão. A Câmara Municipal de Salvador (CMS), inclusive, já aprovou a lei que autoriza a prefeitura a contratar os rodoviários por meio de Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).