Polícia investiga possível mandante de atentado que matou 3 pessoas em Jaguaribe
Por Bruno Luiz
A Polícia Civil investiga se houve mandante para o atentado que deixou três pessoas mortas e duas feridas na terça-feira (5), na praia de Jaguaribe, em Salvador.
“Estamos apurando a hipótese de que o principal interessado na morte não teria agido diretamente na cena do crime, que houve um mandante”, afirmou o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), José Bezerra, em entrevista coletiva na manhã desta quinta (7) sobre o crime.
As apurações apontam que Lucas Santos da Cruz, principal alvo dos atiradores, era envolvido com o tráfico de drogas. Entre as motivações do crime investigadas pela polícia, está uma possível disputa entre facções rivais.
Os investigadores buscam agora pelos suspeitos de terem feito os disparos. Com a prisão de dois homens apontados como coautores do triplo homicídio, a Polícia Civil acredita que vai ser mais fácil identificar e prender os demais envolvidos no crime. “Temos indicativo de demais autores que participaram do crime, e as equipes estão envidando esforços no sentido de localizá-los e capturá-los o mais breve possível”, disse Bezerra.
Além de Lucas, morreram também no atentado Juliana Celina da Santana Silva Alcântara, 20, e o adolescente, Igor Oliveira Lima Filho, 16, Eles não têm relação com Lucas e acabaram sendo atingidos porque, com a correria gerada na praia pelo crime, os suspeitos passaram a dar tiros a esmo no local.
COAUTORES
Os dois suspeitos presos por envolvimento no assassinato de três pessoas na praia de Jaguaribe, na terça-feira (5), receberiam R$ 80 para auxiliar no crime (veja mais detalhes aqui). Em entrevista coletiva sobre a investigação nesta quinta (7), o delegado titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), José Bezerra, afirmou que a dupla foi autuada em flagrante como coautora do triplo homicídio. Eles foram responsáveis por transportar os atiradores até o local do crime e ajudar na fuga deles.
“Ambas as pessoas, quando abordadas, admitiram a participação no evento. Narraram toda a ação deles e também falaram que assim o fizeram por conta da promessa de retribuição financeira”, narrou Bezerra. Segundo o delegado, o pagamento seria dividido da seguinte forma: R$ 50 para um e R$ 30 para outro.
Presos na quarta (6), os homens passarão por audiência de custódia nesta tarde para saber se poderão aguardar as investigações em liberdade ou se a prisão em flagrante será convertida em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.
“Ambos tiveram importante atuação para que o resultado se concretizasse da melhor forma possível”, afirmou o titular do DHPP. Ele contou, ainda, como teria sido a atuação dos homens. “Eles chegaram antes no local para identificar se a vítima principal, o Lucas, estava na areia. Sendo identificado, eles sinalizaram aos atiradores que a vítima estava ali. Em seguida, os atiradores se deslocaram ao local dos disparos. Os presos visualizaram toda a ação delitiva e depois ajudaram os atiradores a empreender fuga.