Sem vacina, governo baiano não vai permitir realização de festas de Réveillon
por Jade Coelho

Festas de réveillon ou outras comemorações de fim de ano que gerem aglomeração não serão autorizadas na Bahia durante a pandemia e enquanto uma vacina para a Covid-19 não estiver disponível, assegurou o governador do estado, Rui Costa (PT). O petista fez a declaração à imprensa durante participação de agenda em Salvador na manhã desta quarta-feira.
"Estou vendo as pessoas falarem no Extremo Sul, em possíveis aglomerações em festas grandes de réveillon e carnaval. Quero dizer que no estado da Bahia não vai ter festa com aglomeração porque nós não vamos permitir. Quero deixar isso claro", afirmou Rui.
A região citada pelo governador tem cidades que se tornaram destinos conhecidos pelas festas e também público que atraem, que inclui blogueiros famosos, atletas e artistas.
"Qualquer festa com aglomeração só com a vacina [contra a Covid-19]. Então não vai ter réveillon com cinco mil pessoas, 10 mil pessoas com apoio, participação ou consentimento do estado, não permitiremos", cravou o chefe do Executivo baiano.
Uma festa de Réveillon com público estimado em 600 pessoas ficou no centro de protestos dos moradores do povoado de Santo André, em Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia. Nas margens do rio João de Tiba, o povoado tem cerca de 800 moradores e 13 km de praias e fica dentro uma área de proteção ambiental. Ganhou notoriedade em 2014 ao abrigar o Centro de Treinamento da Alemanha durante a Copa do Mundo de futebol. A principal preocupação da comunidade é que uma festa deste porte desencadeie um surto do novo coronavírus - até segunda-feira (9), o povoado registrou apenas cinco casos de Covid-19, todos eles sem sintomas graves (leia aqui).
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
Podcasts

'Terceiro Turno': Vacinação começa (e a crise por mais vacinas também)
O Brasil presenciou nesta semana o início do fim da pandemia da Covid-19, que já causou 212 mil mortes no país. A vacina contra a infecção causada pelo novo coronavírus foi aprovada e distribuída aos estados e municípios. A tão esperada vacinação começou, causou momentos de muita emoção e alimentou a esperança da população brasileira, que até então só assistia outros países iniciarem a imunização. Mas o número de doses ainda é muito pequeno e está longe do necessário, até mesmo para a imunização do primeiro grupo prioritário. Até o momento não há qualquer definição sobre datas para que uma nova remessa de doses cheguem por aqui. No Terceiro Turno #61 os jornalistas Ailmas Teixeira, Bruno Luiz e Jade Coelho discutem a falta de definição para chegada de novas doses das vacinas, a burocracia da Anvisa e a aposta da Bahia no imunizante russo Sputinik V.
DESENVOLVIMENTO SALVANDO VIDAS
Ver maisFernando Duarte

Meu reino por uma vacina
Com a corrida por doses das vacinas contra Covid-19 ficando cada vez mais disputada, é natural que haja o acirramento dos ânimos em busca do imunizante. O Brasil perdeu o timming nesse processo e agora corre atrás do prejuízo, sob o risco de não conseguir doses suficientes no curto espaço de tempo para imunizar os grupos prioritários. Agora é cumprir uma política de redução de danos até que o fornecimento da vacina fique mais regular.
Buscar
Enquete
Artigos
AMEAQUARIUS: Um Modelo a Ser Seguido
No período vivenciado na pandemia, principalmente nas grandes cidades como a Bahia, um dos maiores símbolos de regras de convivência atualmente são os condomínios, sejam eles, de luxo, de classe média e/ou mais populares em razão da necessidade repentina do isolamento social como medida de contenção do CÓVID-19.