Após intervenções do PTB nacional, Carlos Muniz não desconsidera deixar partido
por Matheus Caldas

Presidente do PTB em Salvador, o vereador Carlos Muniz não descarta deixar a legenda no ano que vem. O partido passa por uma crise institucional na Bahia, após o presidente nacional petebista, Roberto Jefferson, determinar a anulação do apoio da sigla ao candidato à prefeitura na capital, Bruno Reis (DEM), e anunciar que quer marchar junto de outro postulante: Cezar Leite (PRTB), autodeclarado único apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na majoritária.
“Eu não sei como ele [Roberto Jefferson] vai começar a se comportar quando estiver pensando em política. Quando ele pensar, podemos continuar no partido sem problema algum. Quando damos apalavra, temos que cumprir. Ele tinha dado a palavra sobre a coligação com Bruno e resolveu mudar de opinião”, reclamou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Além do declínio do apoio a Bruno, Jefferson decidiu pela dissolução do diretório estadual do PTB, com a consequente criação de uma comissão provisória (leia mais aqui). Porém o presidente estadual do PTB, Benito Gama, ingressou com um mandado de segurança que culminou na suspensão da intervenção da executiva nacional do partido (leia mais aqui). Sobre este assunto, Muniz disse que “a situação segue na Justiça”.
Na última semana, Benito Gama disse que a situação do apoio a Bruno Reis seguia indefinida, pois, como o apoio já havia sido homologado após convenção, não poderia ser retirado.
O dirigente estadual, inclusive, foi cortejado nesta quinta-feira (24) pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM, que afirmou que receberia o ex-deputado no partido. “No que depender da gente, continuará conosco, trabalhando conosco. O PTB da Bahia, a essência dele, é Benito Gama. Se Benito decidir sair do partido, será muito bem-vindo e terá qualquer um dos partidos nossos de portas abertas para recebê-lo”, disse, em entrevista coletiva.
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