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Ocupação de leitos até 75% garante 'folga' para lidar com efeito da reabertura, diz Neto

Por Ailma Teixeira / Bruno Luiz

Ocupação de leitos até 75% garante 'folga' para lidar com efeito da reabertura, diz Neto
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias

Ao comentar o que a Prefeitura de Salvador aprendeu com a reabertura do comércio em outras cidades brasileiras, o prefeito ACM Neto (DEM) destacou que o protocolo de retomada das atividades econômicas, feito em parceria com o governo do estado, prevê uma "gordura" no número de leitos. Essa medida visa dar conta de um eventual crescimento na taxa de ocupação diante da execução do plano de reabertura.

 

"Se a gente tem 75% [de leitos de UTI ocupados] em cinco dias, a gente pode reabrir porque tem uma certa gordura para o primeiro efeito. O primeiro efeito, geralmente, tem sido crescer um pouco a quantidade de casos. Então, a gente tem gordura. O que não pode é crescer demais", salienta Neto durante a coletiva de imprensa da inauguração de uma segunda tenda no Hospital de Campanha do Wet'n Wild.

 

O limite para recuar no plano, com o fechamento do comércio, é ultrapassar a marca de 80% da ocupação. O prefeito lembra que a capital baiana vem registrando uma estabilização nessa faixa há mais de um mês, índice que começou a cair na última semana com a abertura de novos leitos.

 

Diante desse quadro, o democrata frisou que não cabe comparar a situação de Salvador com a de municípios do Sul ou do Centro-Oeste do Brasil, que agora enfrentam o período de alta no número de casos. A capital baiana, ressalta, já passou por isso e atualmente está na fase do platô, quando os números se estabilizam.

 

“Não dá para a gente comparar cidades que vivem momentos distintos. Uma vez retomada a atividade, nós vamos analisar o comportamento das pessoas e o impacto disso na curva, nas taxas. Se crescer rápido demais e voltarmos a 80% de ocupação, a fase terá que ser repensada. Nada afasta a possibilidade de fechar tudo de novo”, alerta, pontuando o papel da população em respeitar as medidas de distanciamento para que a gestão municipal consiga conter a rápida disseminação do vírus.

 

Mas Neto pondera que a "gordura" estabelecida na meta de ocupação visa justamente evitar esse efeito de "abre-fecha". Além disso, o gestor ponderou que a cidade não verá um colapso no sistema público de saúde. "Estamos com uma margem de segurança boa. Nós estamos com uma linha técnica segura, o que me permite dizer que não há hipótese, ocorra o que ocorrer, não haverá colapso no sistema de saúde de Salvador. Prefeitura e Governo não vão permitir que isso aconteça", garante. Cidades como Belém, Recife e Rio de Janeiro são exemplos que os gestores tentam não repetir.