Decotelli muda currículo após universidade argentina revelar reprovação em doutorado

Sucessor de Abraham Weintraub no Ministério da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva alterou nesta sexta-feira (26) o currículo disponível da plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A mudança aconteceu após o reitor da Universidade Nacional de Rosario, Franco Bartolacci, revelar que Decotelli não obteve o título de doutor.
O currículo de Decotelli tinha a informação de doutorado na Universidade Nacional de Rosário concluído em 2009, com a tese "Gestão de Riscos na Modelagem dos Preços da Soja", sob orientação de Antonio de Araujo Freitas Jr. No lugar das informações, passou a figurar, em título, a informação: "Créditos concluídos". E, em orientador, "sem defesa de tese".
"O senhor Carlos Decotelli cursou o doutorado em administração da Faculdade de Ciências Econômicas e Estatísticas da Universidade Nacional de Rosário, mas não o concluiu. Não completou todos os requisitos que são exigidos pela nossa regulamentação de doutorado, que exige a aprovação de uma tese final para obter o título de doutor. Portanto, não é doutor pela Universidade Nacional de Rosário", disse Franco Bartolacci em entrevista à TV Globo.
"Essa tese não foi aprovada e não recebeu um parecer favorável da banca. Portanto, ele não pôde concluir o doutorado que estava realizando na Universidade Nacional de Rosário. E, como consequência, não obteve o título de doutor", completou Bartolacci, que deixou claro que Decotelli pode solicitar uma nova admissão à universidade e concluir seus estudos caso desejar.
O Ministério da Educação enviou à TV Globo uma cópia do certificado do ministro. O documento atesta que Decotelli "cursou todas as disciplinas", mas não menciona o trabalho de conclusão.
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
Podcasts

'Terceiro Turno': Antes tarde do que nunca? Após 11 meses, Bahia adota ensino remoto
O governo da Bahia definiu o modelo e data para a retomada das aulas, suspensas há mais de 11 meses. Em 15 de março, a rede estadual da Educação vai começar as atividades escolares em um ano letivo "2 em 1" e de forma 100% remota. A decisão é compreensível, já que a Bahia enfrenta agora o pior momento da pandemia da Covid-19, com o sistema de saúde pressionado e à beira do colapso. Mas por outro lado surgem questionamentos sobre o motivo dessa medida não ter sido adotada antes, já que escolas do país inteiro, e até de alguns municípios da Bahia, usaram a estratégia desde o ano passado. No episódio do podcast Terceiro Turno desta sexta-feira (25), os jornalistas Ailma Teixeira, Jade Coelho e Bruno Luiz discutem pontos polêmicos do protocolo divulgado pelo governo baiano.
DESENVOLVIMENTO SALVANDO VIDAS
Ver maisFernando Duarte

Até que ponto vai o 'morra quem morrer' pra você?
A icônica expressão “morra quem morrer” parece fazer mais sentido neste momento da pandemia do que em julho, quando a proferiu o então prefeito de Itabuna, Fernando Gomes. Em meio à alta contínua do número de casos e de mortos - não nos enganemos com a oscilação para baixo nos últimos dias -, parte da sociedade escolheu banalizar a morte ao invés de admitir a gravidade do problema. É parte do circo de horrores que se tornou o convívio social no Brasil.
Buscar
Enquete
Artigos
A contraditória liminar na ADPF 779/DF (assim, melhor abolir o Júri!)
O PDT ajuizou Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) insurgindo-se, na verdade, contra interpretação contida em decisão da 1ª Turma do STF acerca da soberania dos veredictos do júri, que restabeleceu a absolvição, em caso de tentativa de feminicídio, sob a justificativa de que o quesito genérico “O jurado absolve o acusado?”, abarcaria qualquer tese, inclusive a absolvição por clemência.