Polícia Federal avalia investigar compra de respiradores pelo Consórcio do Nordeste
por Cláudia Cardozo / Breno Cunha

Responsável pela queda do secretário da Casa Civil, Bruno Dauster (leia aqui), a investigação sobre a compra dos 300 respiradores por R$ 49 milhões, pelo Consórcio do Nordeste, deve ser federalizada, segundo apurou o Bahia Notícias nesta sexta-feira (05). O motivo é que os governadores do Nordeste possuem foro privilegiado.
Consultado pela reportagem, o Ministério da Justiça confirmou que encaminhou as informações sobre a compra malsucedida dos respiradores para a Polícia Federal avaliar a abertura de investigação.
Na última segunda-feira, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) coordenou a Operação Ragnarok, que apura a negociação pelos respiradores. Três pessoas foram presas e mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O caso já rendeu aos cofres públicos baianos um prejuízo de R$ 9 milhões.
Nesta semana, os senadores Styvenson Valentim (Podemos), Eduardo Girão (Podemos) e Rodrigo Cunha (PSDB) encaminharam um ofício ao Ministério da Justiça cobrando fiscalização do caso (veja aqui).
A exoneração de Bruno Dauster, publicada nesta sexta-feira pelo governador Rui Costa (PT), a pedido do secretário, aconteceu dias após a dona da empresa Hempcare, Cristiana Prestes, um dos alvos da operação, citá-lo como principal responsável pelas negociações envolvendo os respiradores. Segundo ela, Dauster foi quem a procurou e ele conduziu “99,9%” das tratativas.
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