Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Após pagar fiança, patroa da mãe do menino que caiu de prédio em Recife é liberada

Após pagar fiança, patroa da mãe do menino que caiu de prédio em Recife é liberada
Foto: Reprodução / G1 PE

A patroa da mãe do menino Miguel Otávio, de 5 anos, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio, em Recife, foi detida por suspeita de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Como pagou a fiança de R$ 20 mil, nessa quarta-feira (3), ela está em liberdade.

 

Segundo informações da polícia, a mulher negligenciou e se omitiu de cuidar do menino enquanto a empregada doméstica, Mirtes Renata, saiu do apartamento para passear com o cachorro da família.

 

O caso aconteceu na manhã de terça (2), no Condomínio Píer Maurício de Nassau, que é um dos prédios do conjunto "Torres Gêmeas".

 

"Tudo indicou uma morte acidental. O que restava a eventual responsabilização pelo fato da criança ter ficado só. Foi possível montar uma cadeia cronológica, que a criança tentou entrar uma vez no elevador, atrás da mãe, que a havia deixado sob a responsabilidade da empregadora e foi retirada. A criança retornou ao elevador e identificamos que, enquanto a criança apertou os botões, a moradora, possivelmente cansada de tentar tirar a criança, aperta um outro andar superior ao qual residia, e a criança acaba a ficar só no elevador", relatou o delegado Ramon Teixeira, à frente das investigações. A polícia não informou o nome da mulher.

 

De acordo com o portal UOL, imagens do circuito do condomínio mostram que a patroa havia deixado o menino sozinho dentro do elevador. Então, ele saiu à procura da mãe, se perdeu no edifício e acabou caindo do 9º andar.

 

"A moradora tanto tinha, temporariamente, o dever e poder de impedir o resultado que aconteceu. Apertar o botão e permitir o fechamento da porta elevador, a catalisação da sequência direta dos eventos. Isso permitiu fazer análise jurídica a título de culpa da moradora do edifício", completou o delegado.

 

Ao voltar para o condomínio, a mãe já se deparou com a criança caída no chão e um médico que mora em um dos apartamentos ajudou no socorro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou logo depois, mas a criança faleceu a caminho do hospital.

 

A reportagem conta que ele acompanhava a mãe no trabalho porque a creche onde estudava está com as atividades suspensas em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O enterro dele ocorreu na quarta, no cemitério do distrito de Bonança, em Moreno, na região metropolitana de Recife.

 

Abalados, os pais do menino preferiram não falar com a imprensa. Mas uma tia dele, Lourdes Cristina, deu entrevista ao G1. "A gente fica sem entender. Tem dois seres humanos adultos numa casa e não olhar uma criança?", questionou. "O menino começou a chorar. Só que ela [a patroa] não ligou para chamar a mãe de volta, nem nada. Infelizmente, aconteceu o que aconteceu [...] Estava a patroa e uma pessoa trabalhando, fazendo a unha dela", disse Lourdes.

 

Diante desse quadro, a Polícia Civil conta com o prazo de 30 dias para concluir o inquérito que deverá ser remetido ao Ministério Público de Pernambuco. De posse do documento, o órgão vai analisar se denuncia o caso à Justiça.