Estudo brasileiro dá início a testes com uso de plasma em pacientes com coronavírus

Cinco centros de pesquisa brasileiros desenvolvem um estudo que começou a testar o uso de plasma convalescente em pacientes diagnosticados com coronavírus. Esse plasma é extraído de pessoas que já tiveram a Covid-19 e desenvolveram anticorpos para a doença.
"É a transferência da defesa que já foi montada no corpo de quem já se curou para aqueles que ainda estão doentes", esclareceu o infectologista Esper Kallás, do Hospital da Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. Ele é o coordenador do estudo.
De acordo com a publicação, esse método já foi testado em laboratório e apresentou melhoras em pacientes analisados na China, Coréia do Sul e Estados Unidos.
Agora no Brasil, a pesquisa será a primeira feita com controle, que é quando uma parte dos pacientes incluídos recebe o tratamento e outra não. Dessa forma, será possível comparar os resultados para comprovar a eficácia da substância testada.
Além da USP da cidade de São Paulo, o estudo conta com a participação da USP de Ribeirão Preto, da Unicamp e dos centros de pesquisa dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, todos no estado paulista. No total, 120 pacientes farão parte da pesquisa.
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