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Em reunião, Bolsonaro ataca atuação do Iphan: 'Para qualquer obra do Brasil'

Por Jade Coelho / Matheus Caldas

Em reunião, Bolsonaro ataca atuação do Iphan: 'Para qualquer obra do Brasil'
Foto: Marcos Corrêa/PR

Em outro trecho divulgado nesta sexta-feira (22), da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou a atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ao citar o exemplo do seu amigo pessoal e apoiador, Luciano Hang, dono da Havan.

 

“O Iphan para qualquer obra do Brasil, como para a do Luciano Hang. Enquanto tá lá um cocô petrificado de índio, para a obra, pô! Para a obra. O que que tem que fazer? Alguém do Iphan que resolva o assunto, né? E assim nós temos que proceder”, disse.

 

Por isso, Bolsonaro sugeriu que vai interferir, quando bem entender, em qualquer setor da estrutura do governo federal. “E não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô! Não é ameaça, não é uma ... uma extrapolação da minha parte. É uma verdade. Como eu falei, né? Dei os ministérios para os senhores. O poder de veto. Mudou agora. Tem que mudar, pô. E eu quero, é realmente, governar o Brasil”, assegurou.

 

PRECEDENTE NA PRISÃO
Enquanto o presidente da República ressalta que tem poder para mexer na estrutura do governo quando identificar que as fiscalizações de órgãos não estão seguindo sua sintonia, um escândalo culminou na prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB).

 

Quando era ministro-chefe da Secretaria do Governo de Michel Temer (MDB), Geddel tentou interferir numa decisão do Iphan na obra do Edifício La Vue, em Salvador, em 2016. À época, o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, indicou que Geddel tentou pressioná-lo junto ao Iphan para liberar parecer favorável à construção do empreendimento (leia mais aqui).

 

Em março deste ano, o ex-ministro foi condenado pela Justiça Federal de Brasília por improbidade administrativa no caso (leia mais aqui). A decisão determinou que ele fique proibido de exercer função pública por cinco anos e pague uma multa de 10 vezes o valor do salário que recebia enquanto ministro da Secretaria de Governo.

 

Atualmente, Geddel cumpre pena 14 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, pelo caso do bunker de R$ 51 milhões, encontrado em um apartamento na Graça, na capital baiana, em 2017 (leia mais aqui).