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PSD avalia se entra na Justiça contra possível nomeação de Ramagem na PF

Por Lucas Arraz

PSD avalia se entra na Justiça contra possível nomeação de Ramagem na PF
Foto: Reprodução / Agência Brasil

A bancada de 12 senadores do PSD, a segunda maior do Senado, se reúne na manhã desta segunda-feira (27), às 10h, para discutir o posicionamento que o partido tomará caso se confirme a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal. 

 

Ramagem é a indicação de Carlos Bolsonaro e o nome próximo e de fácil acesso que o presidente Jair Bolsonaro busca para ter mais controle na PF. A troca levou à demissão do ministro da Justiça Sergio Moro (saiba mais aqui).

 

“O presidente da República deixou claro que o compromisso maior dele é proteger os filhos de suspeitas e investigações”, opinou o senador Otto Alencar, líder do PSD no Senado, sobre a troca.

 

Otto, que guiará a reunião desta segunda, disse que diante da crise da Covid-19, o partido terá cautela na hora de agir: “Nossa posição é de tomar a decisão mais certa e não em cima do calor da crise. Na reunião de hoje vamos conversar com os senadores sobre a possibilidade de entrar na Justiça pedindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) vete a indicação de Ramagem para o comando da PF. O PSD ainda pode fazer uma manifestação ao presidente contra a nomeação”, apontou. 

 

O senador pela Bahia pregou cautela por ainda não saber dimensionar com certeza o tamanho da crise gerada pela troca de ministros e pelo coronavírus: “A governabilidade do presidente que já era frágil, pode ficar inviável”. 

 

“O que posso dizer é que tenho conversado com muitos senadores e não temos tratamento para a  profundidade dessa crise. Temos o diagnóstico de um presidente confuso e influenciado pelos filhos, mas não sabemos ainda qual será o tratamento”, completou. 

 

Nos bastidores, o Congresso avalia que o nome Ramagem no comando da PF daria a Bolsonaro acesso completo as investigações contra os filhos Flávio Bolsonaro (por rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e Eduardo e Carlos Bolsonaro, com suspeita de investigação de uso de dinheiro público para disseminação de fake news. 

 

Ramagem pode ser anunciado ao lado do possível novo ministro da Justiça, Jorge Oliveira (veja aqui).