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Para Florence, Moro deixa sociedade 'perplexa' ao enumerar crimes de Bolsonaro

Por Ailma Teixeira

Para Florence, Moro deixa sociedade 'perplexa' ao enumerar crimes de Bolsonaro
Foto: Bahia Notícias

Ex-líder do PT na Câmara, o deputado federal Afonso Florence (BA) disse que a demissão do agora ex-ministro Sergio Moro deixa não apenas o PT baiano ou o Congresso Nacional, mas a sociedade brasileira "perplexa". Moro encerrou seu trabalho no Ministério da Justiça e Segurança Pública na manhã desta sexta-feira (24), acusando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "interferência política".

 

"Ele entra pela porta da frente como super ministro, leva 16 meses no ministério e na coletiva de encerramento do seu período enumera crimes de responsabilidade do presidente e feitos da sua gestão", critica Florence em entrevista ao Bahia Notícias.

 

O parlamentar se refere ao fato de que, segundo Moro, Bolsonaro tentou obter acesso a informações sigilosas e incluiu sua assinatura, sem autorização, no decreto de exoneração do delegado Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal (PF). Homem de confiança de Moro, Valeixo está no auge da crise entre o ex-juiz e Bolsonaro, já que o primeiro adiantou ao presidente que abandonaria o posto se o delegado fosse demitido (saiba mais aqui).

 

"Ele alega que a saída é pela independência da Polícia Federal e aí ele reconhece que a presidenta Dilma [Rousseff] e o PT nunca atacaram [a instituição]", destaca o parlamentar. Ao longo do discurso, Moro pontuou que nos governos anteriores não houve interferência política no órgão, como Bolsonaro quis fazer (veja aqui). Dessa forma, Florence avalia que essas e outras declarações vão criar mais problemas para o Palácio do Planalto.

 

Vale ressaltar que Bolsonaro já é alvo de uma série de pedidos de impeachment e o Supremo Tribunal Federal (STF) exigiu do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um posicionamento. "O 'Fora, Bolsonaro' está crescendo, mas ele ainda tem índice de aprovação social. Agora o cenário institucional caminha num sentido que o presidente da Câmara terá que descartar por ofício ou instaurar uma comissão para avaliar [os pedidos]", pontua o deputado. 

 

Ainda assim, Florence pondera que esse não é o melhor momento para tamanha discussão, uma vez que o Congresso deve priorizar as deliberações referentes à pandemia de coronavírus. Quanto a Moro, estima, “sai muito pequeno”, pois deixa a impressão de que prevaricou ou foi cúmplice das ilegalidades de que acusa Bolsonaro.