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Heleno sugere a Bolsonaro enfrentar 'chantagem' do Congresso: 'F***-se'

Heleno sugere a Bolsonaro enfrentar 'chantagem' do Congresso: 'F***-se'
Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, ficou irritado com a pressão do Congresso para derrubar os vetos ao presidente Bolsonaro, afirmou que o governo não deve ceder “às chantagens” do Congresso e orientou o presidente a “convocar o povo às ruas”. Bolsonaro, porém, pediu cautela e aconselhou a articulação política a costurar novo acordo.

 

A demonstração da irritação de Augusto Heleno com a pressão do Congresso em controlar parte do orçamento impositivo começou logo cedo, às 8h, durante cerimônia de hasteamento da bandeira no Palácio da Alvorada. Heleno afirmou que o governo estava “negociando uma rendição” ao aceitar que o Congresso derrubasse parte dos vetos do presidente e pediu que os ministros Paulo Guedes, da Economia, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, refizessem a negociação com o Congresso para tentar manter todos os vetos, segundo o Globo.

 

Em áudio captado em transmissão ao vivo da Presidência pela internet, Heleno avaliou que o Executivo não pode aceitar “chantagens” do Parlamento o tempo todo.— Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se — disse Heleno, na presença de Guedes e Ramos. Nesse momento foi possível ouvir na gravação da audiência um funcionário da Presidência alertar que o evento estava sendo transmitido ao vivo: - Ó, live aqui. 

 

Na reunião do Conselho do Governo, no Palácio da Alvorada, o ministro do GSI expôs novamente o incômodo do presidente em permitir que o Congresso derrube seus vetos e controle R$ 30 bilhões no orçamento de 2020. A preocupação de Bolsonaro, segundo aliados, é de que começará a governar em um sistema de parlamentarismo. Durante o evento com ministros, Heleno deu voz à irritação do presidente, afirmou que o governo não pode ficar “acuado” às pressões do Congresso e que, se preciso, o povo deve ir às ruas manifestar.

 

A costura do novo acordo começou a ser trabalhada no início da noite de terça-feira na residência oficial de Davi Alcolumbre. Na presença de Maia, a equipe econômica e a articulação política assumiu o compromisso de convencer Bolsonaro a enviar um projeto de lei alterando o Orçamento para tornar R$ 15 bilhões que estavam carimbados como “emenda do relator” em verbas disponíveis aos ministérios. O acordo anterior previa R$ 11 bilhões.