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Sindipetro-BA destaca queda na produção de petróleo e gás; Petrobras nega impacto

Por Ailma Teixeira

Sindipetro-BA destaca queda na produção de petróleo e gás; Petrobras nega impacto
Foto: Reprodução / FUP.org

Em greve há 17 dias pelo cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho e pela suspensão das demissões dos trabalhadores da Fafen Paraná, os petroleiros destacam o crescimento da paralisação com a adesão de novas entidades. Dos 18 sindicatos ligados à Federação Única dos Trabalhadores (FUP), 16 apoiam a causa. Segundo o diretor de comunicação do Sindipetro-Bahia, Radiosvaldo Costa, apenas as entidades de Alagoas, em Sergipe, e da cidade do Rio de Janeiro ainda não aderiram ao movimento.

 

"Temos conseguido uma participação alta. Conseguimos redução da carga de processamento das refinarias, principalmente as de Minas Gerais, Cubatão, Duque de Caxias e aqui a RLAM [Refinaria Landulfo Alves, em São Francisco do Conde]. O que compromete e muito o abastecimento de derivados, como o combustível e o gás de cozinha", ressalta Costa em contato com o Bahia Notícias na noite desta segunda-feira (17).

 

De acordo com ele, cerca de 70% dos servidores concursados e 70% dos terceirizados integram o movimento grevista na Bahia. Com isso, o estado sofreu uma redução de 20% na produção de petróleo e gás e a Refinaria Landulfo Alves está com carga de processamento abaixo de 50%.

 

A Petrobras refuta esses dados. Procurada pelo Bahia Notícias, a empresa reiterou que não há impactos na produção de petróleo e de combustíveis. “Nenhuma plataforma de produção, refinaria, unidade de processamento de gás natural ou térmica teve adesão total à paralisação irregular”, nega.

 

Já o Sindipetro diz que a empresa esconde os impactos e cogita importar produtos derivados para garantir o abastecimento de postos de gasolina, por exemplo. Para minimizar os efeitos da greve e enfraquecê-la, Costa conta que a Petrobras lançou um comunicado informando a suspensão das férias de grevistas que já estavam agendadas para março e o corte nos salários. Além disso, ele afirma que a empresa tem buscado seus aposentados, com ofertas de diárias no valor de R$ 3 mil, para que eles retornem às atividades temporariamente.

 

"E mesmo assim, a maioria absoluta, senão quase todos, recusaram a proposta da empresa. Além de todo assédio que a Petrobras está fazendo, pagando bônus pra os trabalhadores que estão furando a greve", critica o sindicalista.

 

Em publicações feitas na semana passada, a Petrobras informou a contratação emergencial de profissionais e serviços durante o período de greve. Na última quarta (12), por exemplo, a empresa publicou uma nota pontuando que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu a legitimidade de aplicação de multa, desconto de dias parados e ainda "outras medidas de caráter coercitivo" que sejam necessárias para o restabelecimentos das atividades.

 

Em nota enviada ao BN, a empresa ressaltou que as entidades sindicais descumprem a decisão judicial de manter 90% do efetivo operando. “(...)  a Petrobras tem mantido a produção por meio da atuação de equipes de contingência e de empregados que não aderiram ao movimento. A produção diária e os estoques de combustíveis garantem a oferta ao mercado e afastam a possibilidade de desabastecimento”, afirma. Essas equipes de contingência são formadas por trabalhadores da Petrobras e profissionais temporários ou empresas contratadas, conforme autorização judicial.