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OLIMPÍADA: DESEMPENHO MOSTRA CARÊNCIA II

Alguns podem ficar estupefatos ao constatar que algumas nações subdesenvolvidas da África e do Caribe ou as recém-formadas em traumáticas guerras do leste europeu tenham obtido melhor desempenho do que o Brasil. Mas o que esperar de um país onde milhares de pessoas não têm acesso sequer à comida e a moradia? Se a educação e a saúde são caóticas, o incentivo esportivo chega a ser uma anedota. Em Salvador, por exemplo, não há um ginásio de esportes digno para abrigar competições internacionais. O mesmo ocorre para pistas de atletismo, piscinas olímpicas, ringues, dojos e outros espaços. E o que falar do litoral? É absurdo que com uma das maiores faixas litorâneas do país, atletas como Ricardo, do vôlei de praia, seja radicado em João Pessoa, na Paraíba, e Ana Marcela Cunha, maratonista aquática, em Santos. Enquanto isso, os políticos pensam nos milhões de dólares que atrairão com a vinda da competição para cá, sem que haja um esforço de base para fomentar o esporte, alternativa eficaz em países assolados pela miséria e pela falta de oportunidade, ou até mesmo nas grandes potências mundiais. A recepção de um evento de tamanha envergadura é extremamente saudável, mas a implantação de políticas de desenvolvimento do esporte urge no país.