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Plano de carreira dos PMs não foi decidido em comum acordo com associações, diz Alden

Por Mari Leal / Matheus Caldas

Plano de carreira dos PMs não foi decidido em comum acordo com associações, diz Alden
Foto: Mari Leal / Bahia Notícias

O deputado estadual Capitão Alden (PSL) criticou nesta quarta-feira (15) o projeto que pode alterar o plano de carreira dos policiais militares da Bahia. O texto está na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e, na última terça (14), teve um requerimento de urgência aprovado para ser votado.

 

Segundo Alden, que é da “bancada da bala” da Casa, o governo estadual não conversou com as associações policiais sobre o plano. “Não foi em comum acordo com as associações. “Ele [Rui Costa] apenas disse que iria valorizar. Não apresentou nada de concreto. Duas semanas depois, apresentou esse projeto”, explicou, em entrevista coletiva.

 

O parlamentar se referiu a um encontro que o governador Rui Costa (PT) teve com lideranças policiais na sede do Comando Geral da Polícia Militar, em Salvador. O gestor negou as propostas das associações, mas teria dito que iria valorizar o plano de carreira dos militares. 

 

“A proposta que foi apresentada pelo governo. Eu tenho dito o tempo todo que ele forçou as categorias, e pais e mães entre escolher entre 'o filho novo e o filho novo'. Ou seja, para eu ter direito ao posto imediato, eu tenho que sacrificar alguma coisa. O que está sendo sacrificado? A carreira”, reclamou.

 

O deputado participou de uma reunião nesta quarta com entre membros da minoria. Ele foi um dos quatro parlamentares de oposição a se posicionar contra a votação ainda hoje do projeto do plano de carreira. Participaram do encontro 13 deputados. Além dele, se posicionaram contrários o líder da oposição, Targino Machado (DEM), Soldado Prisco (PSC) e Hilton Coelho (PSOL). 

 

Segundo Alden, a matéria proposta pelo governo estadual continua sem privilegiar a ascensão dos militares na carreira. “Hoje, eu tenho mil vagas no quadro de oficiais auxiliares e essas mil vagas disponíveis para essa valorização na carreira que o governador prometeu está levando 20 anos para que o policial possa ascender profissionalmente? O que ele fez? Criou um novo quadro chamado Qeta e retirou metade das vagas desse quadro que já leva 20 anos para criar o Qeta. Então, não vai atender nem o Qeta e nem ao QOA. Não existe, até porque tem um fluxo de carreira que está parado e eu tenho mais de dois mil policiais só no QOA aguardando serem chamados. Tem vagas, só que eles não promovem”, disse.

 

Ele defendeu que Rui prorrogasse por dois anos, através de decreto, os efeitos do posto imediato. Segundo lei federal, isto só poderia ser feito até esta quinta-feira (16). “Essas questões de vaga, pré-requisito... seriam discutidas em momento oportuno. Nós falamos ao governador que é uma decisão difícil e complexa. Eu não posso decidir, de forma unilateral, sem ouvir as associações (...). Tem que conversar. Nós oportunizamos ao governador apenas fazer o decreto, prorrogar por dois anos, para que esses 15 mil policiais não percam esse direito ao posto imediato, e aos direitos que já tinham sido assegurados por lei. E, depois, num momento oportuno, com um grupo de trabalho, com um grupo de trabalho, de uma maneira mais pensada, sensata, racional e técnica, nós iríamos discutir o plano de carreira”, concluiu.