Comissão que trata sobre chuvas e enchentes na Câmara de Salvador está 'travada'

Enquanto Salvador sofreu na última terça-feira (26) com alagamentos, deslizamentos e transtornos por conta das chuvas, a Câmara de Vereadores ainda não instaurou a Comissão Especial de Acompanhamento de Chuvas e Enchentes, aprovada em 15 de julho deste ano e apresentada à Casa no dia 6 de junho.

De acordo com o propositor e presidente do virtual colegiado, vereador Fábio Souza (PHS), o limite orçamentário da Câmara foi o fator para que a comissão não fosse instaurada. “A comissão foi aprovada, mas a Casa tem um regime orçamentário para cada comissão e esse orçamento chegou ao limite. Não há orçamento para que isto aconteça”, explicou, em entrevista ao Bahia Notícias.

O parlamentar indicou que houve uma primeira sinalização do presidente Geraldo Jr. (SD), em julho, de que a comissão poderia ser instaurada em 2020. “O Geraldo ficou de ver essa possibilidade. Ele vai abrir essa possibilidade, quem sabe no ano que vem, para tentar ver se consegue encaixar essa comissão e instalar ela”, pontuou.

Para Souza, é importante que o colegiado seja viabilizado. “Em São Paulo já tem. Salvador precisa. Principalmente Salvador, porque sofre muito em momentos de chuva”, opinou. “Chuvas sempre têm. A de ontem dificilmente acontece. Foi muita chuva em poucas horas. Acho que tem que se ter uma comissão que se cuide disso para ver como a prefeitura está trabalhando para melhorar esse trabalho em benefício da cidade”, acrescentou.

Além de Fábio Souza, a comissão terá como vice-presidente Demétrio Oliveira (DEM) e os seguintes membros: Marcos Mendes (Psol), Alex Mine (DEM), Marta Rodrigues (PT), Beca (Cidadania), Hélio Ferreira (PCdoB), Sidninho (Podemos) e Ricardo Almeida (PSC).

IMPACTOS DAS CHUVAS
Bairros e avenidas não suportaram o nível e a força da tempestade que atingiu a capital baiana na última terça. O Bahia Notícias recebeu uma série de relatos de congestionamentos, deslizamentos e alagamentos em diversos pontos da cidade.

Na Av. ACM, uma das principais de Salvador, as obras do BRT ficaram literalmente debaixo d’água (leia mais aqui). Instituições de ensino se viram obrigadas a cancelar as atividades letivas (leia mais aqui) e o reflexo também foi sentido no aeroporto, que teve voos cancelados e remanejados (leia mais aqui) -  o Atlético-MG, inclusive, antes de enfrentar o Bahia, precisou aterrisar em Aracaju (leia mais aqui).