Zetti lembra de treinos de posição de décadas atrás: 'goleiro saía morto'
Por Ulisses Gama / Francis Juliano
Um dos destaques do Eu Vivo Futebol, que ocorre neste sábado (2) em Salvador, o ex-goleiro Zetti destacou a evolução no treinamento de goleiros. Para o ex-arqueiro que começou no Guarani e fez história no São Paulo na década de 90, os treinamentos para a posição deixaram de ser testes de resistência. Zetti diz que décadas atrás a qualidade do treino era equivalente ao cansaço sofrido.
“A gente fazia muita repetição lá atrás. O goleiro saia morto. Chegava até a passar mal. Dizia assim "treinou bem porque passou mal”. E não é isso. O goleiro tem que ter muitas repetições, mas de movimentos diferentes e voltados para o jogo, para aquela necessidade do momento. Então, mudou o conceito e o goleiro está treinando com mais qualidade hoje”, avaliou em entrevista ao Bahia Notícias. O ex-atleta também afirmou que o modo do jogo exigido na atualidade, fez o goleiro se aperfeiçoar. Na época em que treinou, era diferente.
“Eu falo sempre que na minha época já existia isso, mas os goleiros não se preocupavam muito em treinar com os pés ou participar fora da área. Eram poucos. Se conta nos dedos os goleiros da minha geração que trabalhavam muito bem com os pés e faziam participação no jogo”, diz.
ACADEMIA DE GOLEIRO
Zetti tem focado a atuação no projeto Academia de Goleiro, que já tem 11 anos de atividade. O projeto, segundo ele, atende desde criança a adultos. “A gente pega a partir de sete anos, com as crianças. Tem os adolescentes que tem a pretensão de sonhos, de treinar um dia em um clube. E tem os adultos que adoram a posição de goleiro. Só que não tiveram oportunidade lá atrás”, finalizou.