MP-BA investigará discriminação religiosa de 'livraria flutuante'; OAB-BA critica
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por meio da promotora Lívia Vaz, anunciou nesta sexta-feira (25) que irá investigar o caso da livraria flutuante, no navio Logos Hope, que está em Salvador. A OM Ships International, responsável pelo evento, será investigada por discriminação religiosa, após uma publicação preconceituosa em seu Facebook (entenda aqui).
"O Ministério Público do Estado da Bahia, através da Promotoria de Justiça e Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, tomou conhecimento, na data de hoje, de mensagens de cunho discriminatório, emitido pela Logos Hope - Livraria Flutuante. Foi instaurado o devido procedimento e a organização do navio foi notificada com recomendação para retirada da mensagem das redes sociais, bem como para prestar esclarecimentos no prazo de três dias", disse a promotora.
O BN procurou a empresa que assessora o navio em Salvador, mas não obteve retorno.
Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA), por meio da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa, também se manifestou sobre o episódio. Para a presidente do colegiado, Maíra Vida, o ato “ultrapassa os limites da liberdade de expressão e liberdade religiosa”. "Nos é exigido um esforço transdisciplinar de superação das violências. O desafio é garantir que o enfrentamento jurídico seja célere, adequado e, ainda assim, transformador", disse.
Para ela, isto revela uma “incoerência entre o escopo da uma entidade que se declara fomentadora da educação e do conhecimento”.