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Após ministro ser denunciado, presidente do PSL quer ataque a 'obrigatoriedade de gênero'

Após ministro ser denunciado, presidente do PSL quer ataque a 'obrigatoriedade de gênero'
Foto: Reprodução / Câmara dos Deputados

Com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, acusado de desvio de recursos públicos pelo uso de candidaturas femininas "laranjas" na última eleição, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE) defende mudanças na lei que definiu a cota de 30% das candidaturas de um partido para o gênero minoritário na composição. Bivar é presidente nacional do PSL, legenda do ministro.

 

Para ele, que não vê indícios de irregularidades nas ações do correligionário, a Câmara dos Deputados precisa "atacar a obrigatoriedade de gênero", a fim de evitar a ocorrência de crimes, como os agora investigados pela Polícia Federal (PF), nas próximas eleições.

 

"As pessoas têm medo de falar, eu também me incluo nessa, porque achamos que vai parecer que somos contra as mulheres. Mas não é isso, precisa explicar: se você perguntar se tem mulher para sair candidata em tudo, não tem. A mulher não quer ser candidata. Vai buscar e não vai achar, e vai ter uma situação díspar. O partido vai colocar o que der para obedecer a regra. Por isso, precisamos mudar a cota feminina", argumentou o parlamentar.

 

A regra é conhecida como "cota feminina" porque, geralmente, as mulheres é que são minoria nos partidos.

 

"Se tem rolo agora, como dizem, imagine o rolo que vai ser com esse fundo partidário e a gente tendo que destinar 30% para mulheres? Se tem rolo agora, multiplica por 10 na próxima eleição", acrescentou Bivar.

 

No caso em questão, Marcelo Álvaro era presidente do PSL em Minas Gerais, portanto, responsável pelo repasse dos recursos às candidaturas, e também candidato a deputado federal pelo estado. A suspeita de que o partido utilizou candidaturas de fachada, as "laranjas", apenas para cumprir a cota parlamentar surgiu quando uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo expôs o caso de mulheres que registraram candidaturas, receberam mais de R$ 400 mil do fundo partidário, mas não fizeram campanha (saiba mais aqui).

 

Acusado de falsidade ideológica, apropriação indébita eleitoral, que é quando o candidato se apropria de recursos destinados ao financiamento em benefício próprio e associação criminosa, o ministro nega as acusações. Em seu apoio, Bivar disse que há uma "seletividade" do delegado da PF à frente do caso por ter indiciado seu correligionário, sem "intimar" nenhum outro partido.