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Escolas podem buscar apoio da Secult para realizar feiras literárias

Por Mauricio Leiro

Escolas podem buscar apoio da Secult para realizar feiras literárias
Foto: Reprodução / Consed

Escolas que se inspirarem com eventos como a 9ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que acontece este mês (veja aqui), podem ter um evento literário para chamar de seu. E o auxílio vem do próprio governo do Estado: a Fundação Pedro Calmon, vinculada à Secretária de Cultura da Bahia, possui um vasto "cardápio" de modelos para feiras, como revela o diretor da fundação, Zulu Araújo.

 

"Depende do tipo de feira, com característica escolar, empresarial, promovida por editoras ou de característica cultural, com valores e linguagens do mundo da cultura para o valor do livro. Seja para o escritor sendo o principal, seja com foco em algum tema, como uma peça literária de gênero, raça. Depende da abordagem", explica Zulu ao Bahia Notícias.

 

O incentivo do Governo da Bahia para a realização das feiras em escolas, revelado pelo secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues (relembre aqui), deve ter como primeiro passo o contato com a diretoria da escola, pública ou privada, mesmo que seja proposta por uma associação de bairro.

 

"Tem que se articular com os professores que são da área da literatura, com os talentos estudantis. É normal você ter esses talentos. Identificar quais são os talentos e os professores interessados. Em segundo, fazer com que os jovens que fazem parte se interessem pelo tema, não apenas como espectadores, [mas] que sejam elaboradores de livros com a temática, e dessa forma fazer oficinas, sarau, concursos, sondar e identificar qual a principal demanda da escola para o campo literário", revela Zulu.

 

A depender do formato escolhido, a Fundação Pedro Calmon tem um conjunto de ofertas para disponibilizar a quem pretende realizar uma feira. Desde a biblioteca móvel, incluindo mediadores de leituras, contadores de histórias e até artistas vinculando a música e a leitura. 

 

"Temos também uma campanha chamada 'Leia e passe adiante', que é uma forma de estimular a troca do livro, compreender que o lugar do livro é na mão de quem quer ler, o que estimula a troca e a circulação. Temos também o 'Violão e a palavra', que você pega o escritor e um artista, normalmente músico, faz uma conversa pública em um local no qual ele indaga três questões: qual a importância do livro na vida, na carreira dele e, por fim, o que o artista acha sobre o livro e leitura para a juventude. Já fizemos com artistas como Saulo Fernandes, Margareth Menezes, Roberto Mendes, Jorge Portugal, Larissa Luz e Saulo Dourado", acrescenta o diretor.

 

Zulu entende que as feiras desmistificam o ditado de que "baiano não nasce, estreia". "Talento sem conhecimento não existe. Temos que conversar com nossa história, e ir contar onde a população não conhece ela, lendo livros e apresentando a história da Bahia, utilizando curiosidades e fazendo ela conhecida", pontua.

 

Já o apoio financeiro depende de uma série de critérios e deve ser destinado a uma estrutura jurídica. "Tem que ter uma ONG, universidade ou empresa que tenha esse diálogo e queira fazer a prestação de contas posteriormente. As festas literárias sendo mais consolidadas, só podem ser via edital ou convênio", comenta.

 

Segundo Zulu, a maioria das festas literárias não é do campo educacional, e sim voltada para o autor ou venda do livros. Porém os conceitos das feiras são vastos e compreendem muitas nuances, que devem ser mais exploradas.