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Sefaz adianta que governo terá dificuldade para atender pedidos de suplementação

Por Ailma Teixeira

Sefaz adianta que governo terá dificuldade para atender pedidos de suplementação
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Secretário da Fazenda do governo do estado desde 2013, Manoel Vitório vê com cautela os pedidos de suplementação que acabam sendo feitos pelos outros Poderes todos os anos. O recurso é uma quantia solicitada ao Executivo para garantir o cumprimento das contas, medida que a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), por exemplo, deve adotar.

 

“Eu avalio com muita preocupação. Sempre”, ressalta o secretário da pasta em entrevista ao Bahia Notícias. Vitório comenta que, quando a Sefaz divulga os orçamentos, até outros secretários vão reclamar que o aporte para sua pasta é menor que o desejado e ele precisa lembrá-los que o recurso para a distribuição “não vem de mágica”. 

 

“Isso vem da arrecadação. São gastos que você pode ter que vão estar lá, mas a arrecadação depende de uma conjuntura. No Brasil, naturalmente, nós temos tido algumas surpresas muito negativas. Então, assim, se você me perguntar hoje se a Bahia vai poder fazer suplementações, eu lhe diria que vai ter muita dificuldade. Nós não temos como dizer até o final do ano e, provavelmente, não vamos conseguir fazer no volume que está se pedindo”, adianta o secretário.

 

Até agora, apenas o presidente da AL-BA, deputado Nelson Leal (PP), declarou publicamente que vai pedir suplementação (veja aqui). O valor, no entanto, não foi divulgado. Enquanto isso, informações de bastidores apontam que o parlamentar já fez o pedido ao governador Rui Costa (PT), que ainda resiste a atender. 

 

Ao BN, Vitório disse reconhecer o esforço de Leal no sentido de reduzir o custo do Legislativo - segundo o deputado, a AL-BA vai economizar entre R$ 20 e R$ 30 milhões neste ano -, mas recomenda aqueles que já visualizam a necessidade de suplementação que comecem a rever alternativas, a exemplo de parcelar ou adiar contas. “Eu aconselho sempre dentro do Executivo: 'aperta o cinto porque não é porque nós rodamos com o governo pagando as coisas em dia que a gente tem folga'. A gente não roda com folga, não”, ressalta.

 

Além disso, o secretário sugere aos Poderes e pastas requerentes que ajustem os valores pleiteados. Caso contrário, a Sefaz pode não ter condições de ajudar.