Embasa discute internamente abertura de capital e não deve ter mudanças na chefia
Por Lucas Arraz
É pauta dentro da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) o processo que deve abrir o capital da companhia para investidores do setor privado. O avanço da discussão interna sobre as possibilidades de desestatização teria tirado dos planos do governador Rui Costa (PT) exonerar do comando da empresa o atual presidente, Rogério Costa Cedraz.
No início do segundo mandato, o petista até ensaiou substituir Cedraz para que o ex-Odebrecht Cláudio Villas Boas tocasse a abertura de capital da Embasa (lembre aqui). O engenheiro, no entanto, teve a nomeação barrada pela lei das estatais (entenda aqui).
O objetivo da Embasa com a abertura de capital é atrair investimentos e conseguir manter o contrato de serviço com Salvador e Feira de Santana. Nos últimos três anos fiscais, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) assistiu o seu lucro líquido crescer quase cinco vezes, mas, apesar do ganho de 485% em lucro líquido, o atual presidente defendeu que o faturamento corrente não conseguia arcar com a demanda por investimentos em água e saneamento na Bahia (veja aqui).
Um dos reclamantes mais recentes da questão foi o vice-prefeito de Salvador e secretário municipal de infraestrutura Bruno Reis (DEM). O democrata ameaçou romper contrato com a Embasa, caso a companhia não melhorasse os seus investimentos em Salvador (lembre aqui).
Um ex-conselheiro da empresa relatou ao Bahia Notícias que a operação da Embasa não se sustentaria sem ter como cliente os municípios de Salvador e Feira de Santana. O aumento do capital da empresa com investimento privado seria uma das soluções para o impasse.
Atualmente, o que se pensa dentro da estrutura da empresa é que a abertura de capital deve ser feito por decreto do governador Rui Costa e não necessariamente por meio de um projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).