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Hacker explica como obteve o contato de Glenn e diz que acessou Telegram de Dilma e Lula

Por Rebeca Menezes / Mauricio Leiro

Hacker explica como obteve o contato de Glenn e diz que acessou Telegram de Dilma e Lula
Foto: Reprodução / G1

O hacker suspeito de invadir os celulares de autoridades, Walter Delgatti, disse em depoimento nesta sexta-feira (26), que invadiu o número dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. No depoimento, o acusado revela que toda a operação teve início com o promotor Marcel Zanin.

 

No depoimento à Polícia Federal ele disse que conseguiu o número do telefone do promotor Marcel Zanin, que é responsável por oferecer denúncia contra ele por tráfico de drogas, e que essas drogas seriam medicamentos controlados que ele utilizava desde a infância. Em uma operação que investigava crimes virtuais ele foi pego, mas foi absolvido em todos os processos.

 

Ele então resolveu acessar a conta do Telegram de Zanin, onde obteve conteúdo de "interesse público", e nessas conversas o promotor cometeria supostas irregularidades no exercício de sua função. O acusado disse ainda que não publicou o material obtido pois morava em uma cidade pequena e era conhecido por ter conhecimentos de informática, e poderia ser reconhecido.

 

Ele narrou que, através da conta do grupo "Valoriza MPF", que teria sido criado pelo procurador da república, José Robalinho, ele conseguiu, através da agenda de um dos procuradores do grupo, o número do deputado federal Kim Kataguiri (DEM), e que através da agenda do deputado obteve o número do ministro do STF Alexandre de Moraes. Do mesmo modo, conseguiu o número de Rodrigo Janot e, por sua agenda, obteve os números de membros da força tarefa da Lava Jato do Paraná, entre eles Deltan Dallangol, Orlando Martelo, e Januário Parrudo. Todos os acessos aconteceram entre março e maio de 2019.

 

Assim o suspeito teria conseguido o número de Manuela Dávila, e pediu para ela o número do jornalista Glenn Grenwald. Ela não acreditou no contato, até que ele encaminhou um áudio entre dois promotores como forma de provar o conteúdo que possuía. Ela então entrou em contato com Glenn, que enviou mensagem dizendo que tinha interesse no material. Como o acervo era volumoso, criou uma conta no Dropbox pra compartilhar os documentos. O hacker disse que não conhece Glenn nem ninguém da sua equipe e que nunca recebeu valor ou vantagem em troca do material, segundo a Globo News.

 

Que o material foi obtido exclusivamente obtido pelas contas do Telegram. Conhece Gustavo, Suelem e Danilo desde a infância em Araraquara, mas que não repassou a técnica usada para acessar o Telegram. Usou o nome de Danilo para alugar seu, e também acessou o conteúdo do Telegram de Lula, tendo acesso apenas a sua agenda. Não acessou Telegram de Joice Hasselman, Paulo Guedes, ou de qualquer outra autoridade do governo federal.

 

Que não possui formação técnica em informática, sendo um autodidata, não possui atividade remunerada obtendo seus rendimentos de aplicações financeiras. Afirmou também não saber como obteve recursos para fazer as aplicações financeiras, que fez transações em dólares para um amigo, e não disse que amigo é esse.