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Servidores da Prefeitura de Salvador fazem assembleia e paralisação de 24h nesta terça

Por Ailma Teixeira

Servidores da Prefeitura de Salvador fazem assembleia e paralisação de 24h nesta terça
Imagem: Google Street View

Em meio à campanha salarial, o Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) realizam uma assembleia geral com paralisação de 24 horas nesta terça-feira (11). A reunião acontece no Ginásio de Esporte do Sindicato dos Bancários, que fica na Ladeira dos Aflitos.

 

Como os servidores estão há quatro anos sem reajuste salarial, eles pedem um reajuste de 13,34%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente aos anos de 2018 e 2019. "Se a gente fosse colocar todas as perdas, chegaria a mais de 20%", ressalta Everaldo Braga, coordenador administrativo e financeiro do sindicato.

 

Em contato com o Bahia Notícias, ele explica que essa proposta foi apresentada no final do mês de março, mas apenas na semana passada foram recebidos pela Secretaria Municipal de Gestão (Semge). Até então, segundo o Sindseps, os únicos encontros com o governo do prefeito ACM Neto (DEM) foram na última quinta (6) e na segunda (10)).

 

"Nós discutimos a pauta, mas, mesmo que a nossa data-base seja em maio de 2019, só em junho, um mês após, é que fomos respondidos e a proposta da prefeitura é de reajuste zero. Além disso, com o mesmo argumento de sempre que 'a prefeitura está com dificuldades financeiras', mas o prefeito viaja pra fora do país e recebe R$ 12 mil de diárias. Está em dificuldade, mas o prefeito não deixa de fazer as coisas. Quer dizer, essa dificuldade financeira só é pra nós, servidores públicos", critica Braga.

 

O BN procurou o secretário de gestão, Thiago Dantas, que confirmou que não há oferta de reajuste. Mas, de acordo com ele, isso é decorrente da situação econômica do município, que está inserida no contexto de crise do país.

 

O titular da pasta explica que, como os números do primeiro trimestre do ano surpreenderam negativamente, com índices próximos a um quadro de recessão, o impacto na arrecadação municipal também foi negativo. "A posição da prefeitura é aguardar os números do segundo quadrimestre. Sendo esses números positivos, vamos sentar pra conversar. Mas se não vierem melhores, a gente também sempre deixou muito claro que não pode transigir com o equilíbrio fiscal da prefeitura", admite o secretário.

 

Dessa forma, os servidores terão que esperar até o início de setembro para discutir uma proposta de aumento salarial.

 

Nesse contexto, eles também já confirmaram adesão à Greve Geral convocada para a próxima sexta-feira (14). Na ocasião, o Sindseps vai se unir a outras entidades contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL). O texto atualmente tramita na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.