Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

'Ou o Congresso assume protagonismo ou não vai ter reforma' da Previdência, avisa Ramos

Por Ailma Teixeira / Rodrigo Daniel Silva / Fernando Duarte

'Ou o Congresso assume protagonismo ou não vai ter reforma' da Previdência, avisa Ramos
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias

Presidente da comissão especial da reforma da Previdência, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) disse, nesta segunda-feira (20), que o texto só será aprovado se o Congresso assumir o "protagonismo". Isto porque, na visão dele, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) não terá os 308 votos necessários para aprovar a matéria. 

"O protagonismo do Congresso já está claro diante da incapacidade do governo de construir os 308 votos para aprovar a matéria. Ou o Congresso assume o protagonismo ou não vai ter reforma, porque o governo não vai conseguir os 308 votos", declarou, em entrevista à imprensa, durante sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para debater o impacto do texto.

Ramos ressaltou que não será apresentada uma nova proposta da reforma da Previdência, mas sim um substitutivo. "E não haverá nenhum atraso na comissão (na tramitação da reforma da Previdência). Essa síntese precisa ser construída de forma a garantir os 308 votos. Não adianta nada manter o texto integral e não ter os 308 votos", salientou. "
Na comissão especial, ela (reforma) está absolutamente dentro do cronograma. Não tem nenhum dia de atraso e nem terá. Para finalizar o trâmite na comissão especial, a expectativa é o mês de junho. Agora para votar no plenário não depende só da nossa vontade, porque tem que ter a garantia dos 308 votos.  Acho que é possível (aprovar em 60 dias). E esse é o esforço do presidente (da Câmara), Rodrigo Maia", ressaltou. 

O parlamentar reiterou os pontos que os parlamentares são contra. "Não tem como passar mudança para trabalhador rural, para BPC, para professores. Não tem como passar capitalização pura, como está na proposta. Porque a maioria dos partidos já manifestou contra isso. Mas independente disso o projeto que será aprovado será o projeto do governo, com as alterações feitas pela Câmara, o que é natural no processo democrático. O governo não pode achar que ele vai mandar um projeto de um jeito e vai sair do mesmo jeito. Pouco apreço pelas relações republicanas entre as instituições achar que do jeito que mandou tem que sair. Se fosse assim, não precisava de Parlamento", pontuou. 

O deputado ainda teceu duras críticas ao governo Bolsonaro. "Infelizmente, o governo tem pouco espírito democrático, tem pouco espírito de dialogo entre os poderes. Isso contamina, mas a gente decidiu blindar a reforma", asseverou.