Vila Galé quer hotel no Palácio Rio Branco, mas analisa possibilidades no Centro Histórico
Por João Brandão / Mauricio Leiro
O grupo hoteleiro Vila Galé, através do diretor de Operações no Brasil, José Antônio Bastos, reafirmou o interesse em que o Palácio Rio Branco se torne um hotel da marca, em razão da intenção em investir no Centro Histórico de Salvador, mas enfatizou que o imóvel histórico é “uma das possibilidades”.
José Antônio afirmou ao Bahia Notícias que existe interesse do grupo em fazer investimentos no centro antigo da capital baiana. "Salvador tem um patrimônio histórico fantástico, fruto do trabalho do governo e da prefeitura, então, começamos a ver que o Centro Histórico começa a ganhar alma", revelou.
O diretor do grupo sugeriu que o Palácio "é uma possibilidade" e despistou dizendo que "o segredo é a alma do negócio", ao ser questionado quais as outras opções do grupo no local. A rede prometeu anunciar um local para abrigar a nova unidade no Centro Histórico até o fim do ano.
ENTRAVE À VISTA
Porém a concessão tem um opositor. O vereador soteropolitano Alexandre Aleluia (DEM), que já apresentou um projeto de lei para manter os edifícios históricos na Praça Municipal sob o controle do Poder Público.
“O Palácio Rio Branco carrega a história da nossa cidade. Entregar o Palácio para um hotel é desistir completamente de preservar a nossa história", disse Alexandre.
Aleluia ressalta que não é contra empreendimento no Centro Histórico, porém, deveria ser um museu: “Quer manter o Palácio? Coloca a iniciativa privada para administra-lo como um museu. Não tenho absolutamente nada contra a inciativa privada. Mas desistir de um dos maiores patrimônios da nossa cidade é um absurdo. Muitos prédios históricos no Centro podem ser cedidos para hotéis, mas não o Palácio, patrimônio dos baianos”.